26 de outubro, de 2019 | 09:20
Samarco anuncia que volta a operar em 2020
A licença obtida pela mineradora controlada pela Vale e BHP Billiton prevê que a empresa volte a operar de uma forma completamente distinta da que operava até novembro de 2015
Divulgação
Mina da Samarco, em Mariana, deverá retomar operação ano que vem produzindo entre 7 e 8 milhões de toneladas/ano
Mina da Samarco, em Mariana, deverá retomar operação ano que vem produzindo entre 7 e 8 milhões de toneladas/ano
A mineradora Samarco informou que obteve no dia 25 a licença de operação corretiva referente ao seu complexo de produção no município de Mariana. Esse era o último aval que a empresa precisava para voltar a operar. A mineradora espera poder reiniciar as operações por meio de um concentrador e produzir entre 7 e 8 milhões de toneladas por ano, mas a meta é atingir entre 14 e 16 toneladas/ano.
A licença obtida pela mineradora controlada pela Vale e BHP Billiton prevê que a empresa volte a operar de uma forma completamente distinta da que operava até novembro de 2015, quando foi desativada após o rompimento da barragem de Fundão, o que deixou um rastro de destruição ambiental e mortes.
Agora a companhia anuncia que passará a armazenar rejeito a seco e não terá mais barragens que contenham lagos de lama e rejeito. Esse modelo de operação já é alargamento empregado.
Lembre-se
No dia 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, da mineradora Samarco, se rompeu provocando a morte de 19 pessoas e um desastre ambiental sem precedentes no Brasil e que até hoje não foi totalmente remediado. O rio doce foi atingido e centenas de cidades e localidades em Minas Gerais até litoral do Espírito Santo foram prejudicados.
A tragédia só foi superada quatro anos depois, com o rompimento da barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, também da Vale, em Brumadinho, que deixou cerca de 300 vítimas e desaparecidos que são procurados até hoje. A concessão da licença da Samarco ocorre nove meses depois do desastre de Brumadinho.
Por causa da catástrofe em Mariana a empresa teve suas licenças de operação suspensas e a condição para que voltasse era que apresentasse um novo plano para disposição do rejeito uma disposição que não envolvesse barragens, o que a empresa garante que foi feito.
Conforme a companhia, em 2017 a Samarco obteve a licença ambiental do Estado de Minas Gerais para fazer as obras de adaptação da cava, chamada de Alegria Sul. Uma parte desse rejeito com menos água será depositado na cava e outra parte, ainda mais arenosa, será empilhada próxima à Alegria Sul.
Em paralelo ao licenciamento da cava, a Samarco submeteu às autoridades ambientais de Minas Gerais um processo de licenciamento de operação corretiva para todo o empreendimento em Mariana. Era essa licença corretiva que faltava para a mineradora voltar a operar foi liberada na sexta-feira (25).
Já publicado
Samarco deverá pagar R$ 40 milhões por danos morais coletivos e adotar medidas preventivas para reabrir lavra em Mariana
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Zoio de Zoiar
26 de outubro, 2019 | 22:01O crime compensa e muito no Brasil. Se tiver dinheiro então, pode-se rasgar qualquer lei. Brasileiro em sua maioria é manso mesmo. População gosta de reclamar, mas agir igual aos Chilenos são poucos. A América do Sul vive uma convulsão social e o Brasil tá desmaiado até hoje.”