23 de outubro, de 2019 | 16:03

O Brasil precisa da indústria

João Carlos Marchesan *


O governo atual e sua equipe econômica trabalham na direção de proporcionar ao Brasil ganhos de produtividade e competitividade. A aprovação, praticamente certa, da reforma da previdência, o avanço na tramitação da reforma tributária, a promulgação da lei da liberdade econômica, junto com o atual cenário de inflação sob controle e a taxa Selic em níveis historicamente baixos criam uma conjunção de condições favoráveis e necessárias para o crescimento da economia.

Nossa entidade vem buscando colaborar com diversas equipes do governo, junto a formadores de opinião e através de coalizões com setores da economia, na busca de apontar caminhos e alertar contra possíveis riscos. Para isso, já levamos às nossas autoridades diversos estudos e propostas em temas como abertura comercial, agenda de competitividade, normas regulamentadoras, desburocratização, melhora na legislação trabalhista e combate ao custo brasil, entre outras.

Gostaria de salientar aqui a iniciativa da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia, encabeçada pelo secretário especial Carlos da Costa em realizar um projeto em cooperação com a sociedade brasileira. A Aimaq vem participando deste projeto trazendo colaborações. O objetivo é oferecer à própria Sepec uma ferramenta de monitoramento das assimetrias sistêmicas do país que há anos vem tornando o Brasil menos competitivo, possibilitando assim ações focadas de correção. O estudo está sendo operacionalizado pela BCG Boston Consulting Group.

Lembramos que a indústria de máquinas já exporta mais de 40% do seu faturamento. Acreditamos que com o aumento da competitividade proporcionada pelas medidas em curso, adicionadas a uma política de seguro de crédito e financiamentos aos exportadores, o Brasil pode melhorar sua pauta de exportações agregando a ela maior valor e tecnologia.

Essa demanda adicional vinda das exportações, ao reduzir capacidade ociosa e ao ajudar a recompor margens proporcionará a retomada do investimento privado, recuperando o emprego e estimulando o crescimento do PIB.
Com o governo prosseguindo com a sua missão de criar condições favoráveis ao investimento em infraestrutura, retomando obras paradas teremos certeza de um crescimento que virá. A recuperação dos investimentos, somada à atuação do governo no lado da oferta que, pouco a pouco, está melhorando o ambiente de negócios, deverá impactar positivamente a produtividade da economia representando o início de um ciclo de crescimento robusto e sustentado ao longo do tempo.

A recuperação dos investimentos e do crescimento econômico e, com ele, dos empregos, permitirá recompor as contas públicas e a capacidade do Estado de fazer políticas sociais, capazes de reduzir as diferenças entre os brasileiros e oferecer oportunidades iguais para todos.

* Administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração
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Comentários

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Tião Aranha

24 de outubro, 2019 | 10:24

“Não é só as empresas brasileiras que precisam ser padronizadas em busca da qualidade total. O serviço público, aqui neste país é de péssima qualidade, que tb precisa ser urgentemente padronizado; e isso vai ficar bem claro quando vier a reforma administrativa. O 'desenvolvimento humano' requer destarte investimento substancial na Educação. A ideia da tribo de caverna já ficou pra trás-, e qualquer papel desenvolvido pelas indústria precisam passar indubitavelmente pelo computador. Ninguém quer investir num país que está em constantes crises políticas como o nosso. Esta reforma da previdência é desumana - porque não subtraiu os privilégios dos políticos, dos militares e do pessoal do judiciário, só taxando o trabalhador. Por qual motivo filhos de militares da alta patente continuam recebendo altos salários quando o pai morre, e os outros não? E Por que deixar a reforma dos militares pra 2020? ( Fala-se em aumento de salário de até 75% pros mesmos). E a a reforma política, de onde sai tanto dinheiro pra cobrir os gastos das campanhas eleitorais - tá na cara que sai é do bolso do trabalhador. "Oportunidade iguais para todos"? Sendo que algumas classes sociais são mais iguais que as outras? (Isso é o que eu não entendo. Tem alguma coisa muito errada neste sistema).”

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