18 de outubro, de 2019 | 14:00
Homem confessa que matou e enterrou a esposa na área de serviço, em Valadares
O corpo da mulher estava enterrado na área de serviço de sua casa, sob um piso de cerâmica
A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida de Governador Valadares localizou na quinta-feira (17), o corpo de Michele Rosa de Jesus, de 36 anos. Ela estava desaparecida desde o dia 28 de agosto e o desenrolar do caso deu-se de forma surpreendente.
O corpo da mulher estava enterrado na área de serviço de sua casa, sob um piso de cerâmica. O marido da vítima, Daniel de Jesus, de 35 anos, é o acusado da morte e ocultação do cadáver. Preso, Daniel confessou a autoria do crime e vai responder por feminicídio e ocultação de cadáver. Um irmão de Daniel, um jovem de 27 anos e a sobrinha, de 17 anos, também são investigados como suspeitos de participação na trama macabra.
As investigações apontam que o homem passou a ter um relacionamento amoroso com uma sobrinha. A mulher dele descobriu e não aceitou a traição. Durante uma discussão, Daniel acabou matando a mulher. Enterrou o corpo na área de serviço, colocou concreto por cima e cerâmica, para evitar a localização do cadáver.
Já, de posse de algumas informações, a Polícia Civil conseguiu um mandado de prisão, que foi cumprido na quinta-feira (17).
No local, policiais encontraram Daniel, quatro filhos do casal e uma sobrinha. O suspeito confessou o crime e foi preso. Os filhos do casal foram levados para a casa dos avós e, em seguida o piso da área de serviço foi quebrado. O corpo foi desenterrado e levado para o Instituto Médico-Legal (IML). A PC informou que as investigações não estão encerradas, pois há necessidade de estabelecer se houve participação de mais pessoas no crime.
Responsável pelo caso, a delegada Lilian de Calaes informou que o caso começou a ser desvendado quando no dia 20 de setembro recebeu reclamações dos familiares de Michele Rosa de Jesus, sobre o seu desaparecimento.
"A polícia descobriu que o autor mantinha relação com a sobrinha e que, por causa disso, o casal tinha discussões frequentes. Acreditamos que ele tenha forjado para os filhos e familiares informações sobre o desaparecimento da mulher", esclareceu a delegada.
Para sustentar a farsa, o autor confesso do crime utilizava as redes sociais da vítima e se passava por ela para fingir que estava tudo bem. (Com informações da PCMG).
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