15 de outubro, de 2019 | 18:30
O que fazer com os cães soltos pelas ruas?
Audiência na Câmara de Timóteo discute a necessidade de canil municipal
Em audiência realizada essa semana, na Câmara de Timóteo, foi debatida a necessidade de implantação de canil municipal e solução para coibir o crime de abandono de animais.A iniciativa do vereador Wladimir Careca e do prefeito Douglas Willkys levou ao plenário da Câmara, representantes da causa de proteção animal e interessados para debater sobre o tema e democratizar o espaço para sugestões.
Estiveram presentes à audiência os vereadores Adriano Tibata e Leanir José de Souza (Zizinho), secretário de Saúde Eduardo Morais, representantes do Serviço de Zoonoses de Timóteo, representantes das Ongs Meu Amigo Cão e a antiga Associação de Proteção aos Animais do Vale do Aço (ASPAN), voluntários do Corpo de Bombeiros, alunos do curso de Medicina Veterinária da Unileste, proprietários de pet shops e voluntários da sociedade civil.
O prefeito Douglas Willkys propôs a discussão e contou que conhece pessoas que alugaram imóvel para servir de abrigo a cães e gatos e o mantêm por conta própria. Hoje o município tem limitações legais para contratação de profissionais, além de problemas financeiros. Estamos fazendo uma provocação para podermos organizar melhor a estrutura pública”, afirmou.
A médica veterinária Shara Regina da Silva, referência técnica da Zoonoses de Ipatinga e atual presidente da Ong Meu Amigo Cão, expôs os pontos positivos e negativos acerca do funcionamento do canil/gatil municipal.
A disponibilização de testes de Leishmaniose e vacina antirrábica gratuitos, o acolhimento de animais abandonados e orientação para adoção e guarda responsável, além do oferecimento de consulta simples sem custo são pontos muito positivos aliados ao trabalho incansável da equipe da zoonoses. Já, os altos custos para manutenção do canil/ gatil, as dificuldades do controle sanitário para evitar a transmissão de doenças e banalização da guarda responsável por parte dos proprietários que transfere responsabilidades e custos ao serviço público são alguns dos ítens negativos”, pontua. A veterinária citou ainda que são gastos cerca de R$80 mil anuais com ração e tratamento de animais acolhidos.
A protetora Luciana Viana, proprietária de pet shop no bairro Bromélias, é a favor da implantação do canil municipal com modelo de acolhimento e política de adoção. Ela contou que abriga cães abandonados e tornou-se referência pelo trabalho voluntário pela causa. Outra voluntária, Luana Ataíde B. Damato, integrante do Corpo de Bombeiros, expôs a dificuldade após o resgate de animais. Cem por cento dos casos de resgate não tem estrutura para tal.
O município não dispõe de um local para receber os resgatados” frisa. Em alguns casos, Luana procura adoções por conta própria porque outros municípios não recebem cães recolhidos de cidades vizinhas. A ex integrante da ASPAN, Kenya Ferreira, se posicionou contra a construção de um canil municipal por entender que o modelo ideal está muito longe da realidade do município.
A experiência vivida na ASPAN, cujos membros tinham comum acordo pela não criação de um abrigo, para que este não fosse transformado em depósito” de animais, me mostrou isso. Recomendo que o município ofereça pelo menos um número de castrações por mês”, disse a voluntária.
A adoção de medidas educativas sobre guarda responsável de animais domésticos é urgente no município. Sem esta responsabilização dos donos de cães e gatos nada vai caminhar, o canil poderá se tornar um problema de saúde pública. As leis têm que ser cumpridas”, falou o médico veterinário Milton Max Madeira de Oliveira, referência técnica da Zoonoses de Timóteo.
Ao final da audiência, foi proposta a formação de uma comissão para dar continuidade ao trabalho. Foram sugeridas ações de parceria com universidade regional, com outras cidades e possivelmente uma ação colegiada. Estudantes do curso de Medicina Veterinária da Unileste colocaram-se à disposição do município.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Keila Ribeiro
09 de março, 2020 | 08:27A situação é bem preocupante mesmo, mas não somente em relação aos cães. A minha rua vive lotada de gatos abandonados, são vários e que vivem entrando na casa da gente, deveria ser fato algo sobre isso, poderia instalar uma câmera na rua para punir todos que abandonam seus animais porque não somos obrigados a conviver com essa situação.”
Mariana Alves Souza.
16 de outubro, 2019 | 08:21Estou convivendo com uma situação que não sei se é normal; pois uma vizinha que possui um imóvel desocupado perto da minha casa
resolveu alugar o próprio para abrigar cachorros de rua , e o pior que o lugar não tem nenhuma infraestrutura pra tal coisa e já tive informação que um cão que residia anteriormente neste imóvel sozinho.."digo sozinho porque a dona só ia ao imóvel pra tratar do bicho" foi vitima de Leishmaniose ...e fiquei preocupada pois tenho criança pequena em casa. E pelo o que eu pude constatar pela movimentação no local só alguns voluntários aparecem duas vezes por dia no local pra alimentar os animais..será que esses bichos estão devidamente vacinados...agora a pergunta que não quer calar será que se algum membro da minha família for infectado por alguma doença proveniente desses animais..a PREFEITURA vai arcar com o tratamento?”