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12 de outubro, de 2019 | 16:00

Sob nova direção

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Com nova direção e em busca de um novo rumo, assim podemos definir o Cruzeiro para enfrentar a Chapecoense hoje, fora de casa, depois de uma semana muito agitada, novamente, que culminou com a saída de Itair Machado e a volta do ex-presidente, Zezé Perrela, ao comando do futebol.

O ambiente de pressão que vive o clube, com salários de jogadores atrasados há dois meses, encravado há várias rodadas na zona de rebaixamento, pode melhorar com a chegada de Perrela e outros empresários dispostos a ajudar o clube.

Para tudo isso acontecer é preciso que os resultados positivos dentro de campo voltem, evitando assim o maior revés na história quase centenária da instituição, que hoje passa por vencer sete dos 17 jogos que lhe restam na competição.

Enorme recaída
O Atlético volta hoje ao Independência para encarar o Grêmio, depois de ter sido derrotado pelo Flamengo, 3 x 1, na última quarta-feira, com requintes de humilhação, subjugado o tempo todo pelo adversário, jogando como se fosse um time pequeno qualquer.

Foi um verdadeiro show de horrores para o atleticano, com o Maracanã lotado por mais de 60 mil tor5cedores, consolidando a enorme recaída de produção da equipe, que nos últimos dez jogos só venceu uma partida, empatou outra, perdeu oito vezes e agora está a apenas 8 pontos de distância do Ceará, o primeiro da zona de rebaixamento.

Uma completa reformulação do elenco precisa ser feita para a próxima temporada, excluindo a saída de algumas figuras bisonhas, como Patric, Maidana, Ricardo Oliveira, Fábio Santos e Cazares, entre outros, além do técnico Rodrigo Santana, que não reúne condições para comandar um clube da grandeza do Atlético.

FIM DE PAPO
• Foi bizarra, a resposta do técnico Rodrigo Santana a um jornalista carioca, na entrevista coletiva pós-jogo. Santana teve o seu esquema tático no Atlético comparado ao de times pequenos do Rio de Janeiro, como o Madureira, quando enfrentam os ‘grandes’ pelo campeonato estadual de lá. O técnico do Galo não só discordou do repórter, mas se defendeu comparando o esquema tático do Galo ao do Chelsea, que, segundo ele “foi campeão inglês jogando desse jeito”.

• Claro que se trata de um equívoco da sua parte, pois a única semelhança do Atlético que ele dirige com o desenho tático dos ingleses é a fato de usar três zagueiros. No entanto, as variações do Chelsea, em razão da qualidade muito superior dos seus jogadores, colocam-no em um patamar diametralmente oposto ao do alvinegro. Os ‘blues’ têm laterais que avançam com precisão e jogadores de velocidade pelos lados, além de volantes que sabem chegar ao ataque e fazer gols, o que nem de longe se assemelha aos Patrics, Maidanas etc que ele dirige no Galo.

• A Igreja Católica e o mundo religioso, de um modo geral, perderam muito com a morte de Dom Serafim Fernandes de Araújo, Cardeal e Arcebispo Emérito de Belo Horizonte, que nos deixou na última semana. Defensor das causas sociais e dos mais pobres, era também um fanático torcedor do Galo, Conselheiro Benemérito e figura muito importante, sobretudo nos momentos de grave crise política que o clube atravessou durante os anos 1980/90.

• O repórter Roberto Abras, que há mais de meio século faz a cobertura diária do Atlético, hoje trabalhando na Super FM/BH, lembrou de várias situações em que Dom Serafim foi importante como apaziguador de ânimos dos dirigentes, sempre visando o bem do Galo. É atribuído ao religioso um gesto incrível e típico de torcedor fanático: após um golaço de Reinaldo, na goleada de 4 x 0 sobre o América-RN, pelo Brasileirão/1977, Dom Serafim teria deixado seu lugar e ido até a bilheteria, onde comprou um novo ingresso, para em seguida retornar ao seu assento na arquibancada. (Fecha o pano!)
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