07 de outubro, de 2019 | 15:37

Deu zebra

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Se levar em conta as deficiências do atual elenco, que além de um banco fraco tem no time titular vários jogadores com prazos de validade vencidos, até que o técnico Rodrigo Santana mandou bem no empate de 1 x 1 com o Palmeiras.

Ele alterou o esquema tático com três zagueiros, neutralizou o jogo aéreo e dificultou a troca de passes do time de Mano Menezes, saindo do primeiro tempo com a vitória de 1 x 0, que poderia ter sido maior não fosse a péssima arbitragem e o VAR, que ignoraram um pênalti claro de Felipe Melo em Igor Rabelo.

No segundo tempo o time recuou e vieram os erros de sempre, muito também por conta da superioridade técnica do adversário. Mas quando Santana precisou mexer na equipe foi que a coisa desandou de vez, pois os jogadores que entraram em campo - Maicon Bolt, Zé Welison e Ricardo Oliveira -, são como um zero à esquerda e nada valem.

O Galo tomou o gol de empate no finzinho da partida, mas surpreendeu sua torcida com uma boa atuação, reacendendo a esperança de tornar-se ‘zebra’ novamente, nesta quinta-feira, diante do líder, o Flamengo, no Maracanã.

Queda livre
Mais uma vez o Cruzeiro não atingiu seu objetivo e só empatou, em 1 x 1, com o Internacional, 1 x 1 no Mineirão. Levou um gol no primeiro tempo e teve de correr atrás do resultado, conseguindo o empate através de Fred na etapa final, ao cobrar um pênalti muito contestado pelos gaúchos.

O empate fez o time celeste cair para o 18º lugar, com 20 pontos ganhos, três a menos do que o Ceará, agora o primeiro fora da zona da degola, o que faz aumentar ainda mais a pressão sobre a equipe no jogo de amanhã, contra o Fluminense, no Mineirão, adversário direto na luta contra o rebaixamento.

O técnico Abel Braga continua com o discurso de que o time está evoluindo, uma meia verdade, pois o que se vê é um time sem forças para reagir, desorganizado taticamente, sem confiança e, consequentemente, sem o respeito dos adversários.

Quando chega a esse ponto, a bola parece queimar no pé dos jogadores, sobretudo dos mais jovens, e mesmo nos mais experientes, a perna costuma pesar uma tonelada, ocasionando falhas bisonhas e que comprometem o resultado final.

FIM DE PAPO
* Pelo que não vem jogando, a ausência de Thiago Neves pelo terceiro cartão amarelo pode ajudar o técnico Abel Braga na montagem do time. Quem sabe um jovem da base, a volta do Rodriguinho, Pedro Rocha, possa ajudar virar a chave e o Cruzeiro consiga retomar o caminho das vitórias. Tomara também que o zagueiro Dedé possa voltar, pois este, sim, faz muita falta ao time.

* Após o jogo de sábado no Mineirão, houve conflito com agressões e muita correria na área de estacionamento do estádio, entre torcedores e seguranças que tentavam proteger a saída dos jogadores. Os alvos principais dos protestos eram os dirigentes do clube, mas quem levou a pior foi o repórter e gente da melhor qualidade Victor Moreira, da TV Alterosa, que teve o microfone atirado longe e ainda recebeu um soco no braço, desferido por um torcedor revoltado. Este é um momento muito delicado, no qual a razão dá lugar à ignorância, imperando a irracionalidade.

* A não marcação do pênalti claro de Felipe Melo em Igor Rabelo, que poderia ter mudado o resultado de Palmeiras 1 x 1 Atlético, gerou comentários absurdos de diversos comentaristas nos vários canais de TV da mídia nacional. De todos que vi, o mais surreal foi do ex-soprador de apito, Paulo César Oliveira, na transmissão aberta da Globo e na resenha pós-jogo do SporTV. Mesmo com a imagem mais clara do que nunca, mostrando que houve de fato o empurrão nas costas do zagueiro atleticano, o VAR não alertou o árbitro para ao menos revisar o lance. E o comentarista fraquinho manteve a pose, negando o “óbvio e ululante”, como diria Nelson Rodrigues.

* Mais tarde, no “Rei Pelé”, em Maceió, o CSA derrotou o Avaí por 3 x 1 e, curiosamente, um lance muito parecido foi registrado no atacante Ricardo Bueno. Desta vez o VAR agiu corretamente e alertou o árbitro, que após a revisão marcou o pênalti. Dois pesos, duas medidas? Ou apenas mais uma demonstração de que o nosso VAR tem muito ainda o que aprender? Vamos lembrar o que disse um dia o mestre Telê Santana: “O futebol brasileiro não é para gente séria”. (Fecha o pano!)
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