29 de setembro, de 2019 | 07:00

“Éramos Seis” ganha nova versão

Novela fez sucesso nas telinhas das TVs Record, Tupi (duas vezes) e no SBT

Raquel Cunha/RG
Protagonista de Éramos Seis, Lola (Glória Pires) é uma personagem importante para manter a família em harmoniaProtagonista de Éramos Seis, Lola (Glória Pires) é uma personagem importante para manter a família em harmonia
Quando a escritora Maria José Dupré lançou o livro Éramos Seis, em 1943, não esperava obter tanto sucesso. A obra ganhou o prêmio Raul Pompeia da Academia Brasileira de Letras e foi adaptada como radionovela na Rádio Tupi em 1947, mesmo ano em que virou filme na Argentina.

A primeira versão adaptada para a televisão em forma de folhetim veio em 1958, na TV Record. Depois, em 1967 e 1977, foi a extinta TV Tupi que levou a história ao ar.

Em 1994 foi a vez do SBT fazer sua versão, escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, livremente inspirada no livro.
E nesta segunda-feira (30), Éramos Seis vai estrear na TV Globo, com um texto escrito por Angela Chaves e baseada na novela de 1994.

Raquel Cunha/RG
Antonio Calloni é Júlio, apaixonado pela esposa e pela família, mas que não consegue expressar os seus sentimentosAntonio Calloni é Júlio, apaixonado pela esposa e pela família, mas que não consegue expressar os seus sentimentos
A trama apresenta a história de uma grande família cuja matriarca luta para manter unida frente às dificuldades sociais e econômicas do início do Século XX.

Lola (Glória Pires) e Júlio (Antonio Calloni) têm grandes desafios pela frente, e só com laços fortalecidos pelo afeto que têm um pelo outro e pelos filhos se sentirão fortes o suficiente para vencê-los.

Lola é uma personagem importante para manter a família harmônica. “Ela é um símbolo. Mas a natureza feminina é assim. Quando ela se propõe a formar uma família, ela que é a que mantém, a que sustenta e a que empurra para frente”, define a atriz Glória Pires.

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Rica, mas amargurada. Assim é a Tia Emília, a personagem da atriz Susana Vieira em “Éramos Seis”Rica, mas amargurada. Assim é a Tia Emília, a personagem da atriz Susana Vieira em “Éramos Seis”
Antonio Calloni é Júlio, um homem apaixonado pela esposa e pela família, mas que não consegue expressar seus sentimentos, especialmente com os filhos homens. As diferenças nos hábitos e costumes nas relações da década de 1920 para agora se destacam em Júlio.

“Ele tem um conflito interno entre ser provedor e ser afetivo, um conflito tão grande que ele chega a adoecer por causa disso”, explica o ator.

Suzana Vieira faz a personagem tia Emília. “Eu entro no capítulo oito, quando a situação econômica da Lola (Gloria) fica zerada e ela vai procurar a tia rica, esnobe. Mas ela não é uma pessoa agitada como eu. Ela não ri. Ela é fechada, eu vou ficar até feia, eu acho”, comentou, rindo.

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Em casa, Lola (Glória Pires) conta com a preciosa ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa), sua fiel escudeiraEm casa, Lola (Glória Pires) conta com a preciosa ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa), sua fiel escudeira
As gravações da novela começaram em meados de julho, em São Paulo, Santos e Campinas, e seguem nos Estúdios da Globo, no Rio de Janeiro.

Lola e Júlio são pais de Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes), Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach) e Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio).

No início da década de 1920, Lola e Júlio dão um passo maior que a perna ao decidirem comprar uma casa na nobre Avenida Angélica, na zona central de São Paulo. Como não têm o dinheiro para adquirir o imóvel à vista, os dois fazem um financiamento com o banco, que cobra juros altíssimos.

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Lola (Glória Pires) tem outras amizades que a ajudam no dia a dia, como Genu (Kelzy Ecard), sua vizinhaLola (Glória Pires) tem outras amizades que a ajudam no dia a dia, como Genu (Kelzy Ecard), sua vizinha
Dentro desse contexto, Júlio é um típico homem da época. Ele se cobra e quer oferecer mais à família, sonha em ser promovido no trabalho e se incomoda com a alta dívida que tem no banco.

Apesar das preocupações diárias comprometerem sua relação com a família, ele ama profundamente os filhos e a esposa. Sua ambição não é desmedida e ela existe porque ele busca se encontrar enquanto homem de sua geração.

Lola, por sua vez, acredita na vida, entende que com boa vontade, quando se faz sua parte, o resto acontece naturalmente. Tem esperança na solução dos desafios, ama o marido e os filhos acima de tudo e tem uma expectativa enorme pelo futuro de cada um deles.

A dificuldade para pagar a casa, contudo, é apenas um dos obstáculos do casal. No início da década de 1920, Júlio começa a apresentar graves problemas de saúde, o que traz custos inesperados e piora a situação.
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