24 de setembro, de 2019 | 13:56

Em discurso na ONU, Bolsonaro questiona interferência na soberania nacional e critica mídia internacional

Em seu primeiro discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, presidente do Brasil também negou que Amazônia esteja sendo devastada: "É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade"

O presidente Jair Bolsonaro discursa na cerimônia de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira.Foto: Mary Altaffer(AP)O presidente Jair Bolsonaro discursa na cerimônia de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira.Foto: Mary Altaffer(AP)

O presidente Jair Bolsonaro usou o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York para escancarar, diante do mundo, seu programa de ultradireita, pró-ditadura militar e anti-indígena para o Brasil.O presidente afirmou que não vai mais demarcar terras indígenas porque os nativos são massa de manobra de pessoas interessadas nas riquezas do subsolo.

Para a audiência brasileira, não houve surpresa em relação às ideias que o capitão da reserva do Exército defende desde a campanha. Praticamente tudo o que defendeu no discurso já havia sido afirmado antes.

O conservador iniciou seu discurso fazendo uma defesa do golpe militar de 1964 que instalou uma ditadura militar no Brasil. Repetiu seu argumento que sua chegada ao poder, em 2019, salvou o Brasil do "socialismo".

Em um discurso de pouco mais de meia hora e lida sem grandes interrupções, Jair Bolsonaro desafiou os críticos de sua política ambiental e discurso contra multas ambientais, para dizer que as queimadas recordes nos últimos cinco anos no país e na Amazônia, medidas por órgãos oficiais, são infladas pela mídia global que deseja atacá-lo.

"É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade", disse, em uma crítica ao francês Emmanuel Macron. O presidente brasileiro também repetiu ao mundo que não haverá nova demarcação de terras indígenas no Brasil e ainda atacou a extensão das atuais. Veja abaixo ao vídeo com o pronunciamento. (Com informações do El País)


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Comentários

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Paulo

27 de setembro, 2019 | 09:36

“Lamentável, o Brasil está se isolando do resto do mundo. Presidente faz uma viagem desta nenhum chefe de estado quis recebê -lo, jantou com a mulher numa pizzaria. O Brasil sempre foi um país onde os presidentes sempre foram respeitados mun?o a fora e bem quistos hoje assistimos essa tragédia diplomática. Acorda gente! Não tem nada de soberania em ser arrogante e mentiroso. Esse presidente veio pra matar, roubar e destruir. Matar os nossos sonhos, roubar a nossa aposentadoria é destruir os nossos direitos trabalhistas. O povo se embriagou da religião "Que é o ópio do povo", e não consegue enxergar a realidade. Um governo que veio com essa história de defender a família e tem empobrecido cada vez mais o trabalhador. Não há família que fique de pé sem emprego, sem educação, sem saúde e sem amor. Daqui alguns anos espero todos vcs que ainda batem palmas para tudo isto arrependidos e sem esperança por terem fechado os olhos para toda essa covardia que está sendo feita ao povo brasileiro. Até breve!!!!”

Maria Lima

25 de setembro, 2019 | 08:40

“Eu já não esperava grandes coisas, dada a verborragia do presidente, mas o que me surpreendeu mesmo foi a coragem dele, em levar para um parlatório internacional, um discurso construído para agradar as suas bases. Basta você ver hoje que os que ainda apoiam o governo estão desde ontem nas mídias sociais bombardeando o conteúdo do discurso. Cegos à realidade, eles não entendem que Bolsonaro fez um discurso agressivo. E na diplomacia contam o tom, a maneira de falar, até mais do que o conteúdo. O discurso do presidente do Brasil foi violento, lido de forma belicosa, como é seu estilo para falar com sua massa. O Brasil pode pagar um preço alto por isso. E já que ele fala tanto em Deus, espero mesmo que Deus olhe para o povo brasileiro nesse momento.”

Cleuzeni Torres

24 de setembro, 2019 | 21:52

“As oito mãos que escreveram o d
O discurso de Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU foi escrito a oito mãos, diz a Época. General Augusto Heleno, Ernesto Araújo, Eduardo Bolsonaro e Filipe G. Martins, assessor internacional de Bolsonaro, foram os responsáveis pelo texto.”

Marcos

24 de setembro, 2019 | 21:37

“Graças a Deus hoje temos um presidente que representa as pessoas de bem.”

Arthur

24 de setembro, 2019 | 14:14

“E ele mentiu em que hora? bora trabalhar cambada...”

Rodrigo Lacerda

24 de setembro, 2019 | 14:11

“Cada dia mais envergonhado deste país...”

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