21 de setembro, de 2019 | 18:00
Presos já estão em treinamento para fabricar blocos de pavimentação em Timóteo
Segundo Willkys, o custo de um bloco já instalado praticado no mercado chega a ser o dobro do que será produzido pelos presos
Cinco presos que cumprem pena no Presídio de Timóteo já estão em treinamento na oficina instalada dentro da unidade prisional para aprenderem a fabricar, a partir de rejeitos da siderurgia, peças tipo bloquetes que servirão para fazer o calçamento de vias públicas e praças do município. O trabalho é resultado do projeto Novos Caminhos”, assinado no fim desta semana, no auditório da prefeitura, por sete instituições públicas e privadas.
Assinaram a parceria a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a Usiminas, a Prefeitura de Timóteo, a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Aço (CIMVA), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Regional Vale do Aço e a Empresa Precomol Pré-Moldados e Construções.
Os rejeitos siderúrgicos, chamados de siderbrita, serão doados pela Usiminas e o que antes era descartado e não tinha utilização sustentável agora será transformado em calçamento. O trabalho dos cinco internos já com previsão de contratação de outros cinco irá gerar um ciclo de sustentabilidade ambiental somado à ressocialização de indivíduos presos, informa o governo estadual. A Apac disponibilizará mão de obra prisional para fazer o trabalho de pavimentação no município.
Funcionamento
A fabricação dos blocos intertravados à base de agregado siderúrgico (siderbrita) no Presídio de Timóteo nasceu de uma conversa informal entre o diretor-geral da unidade prisional, Leandro Macedo, e o prefeito da cidade, Douglas Willkys. Ele me contou que havia uma máquina de fabricação de blocos de concreto que estava inutilizada no presídio. A partir daí todos os atores do Projeto Novos Caminhos foram dando sua contribuição, até se tornar realidade”, relatou o prefeito.
Segundo Willkys, o custo de um bloco já instalado praticado no mercado chega a ser o dobro do que será produzido pelos presos.
Após a doação do agregado siderúrgico pela Usiminas, a CIMVA fará o transporte para o Presídio de Timóteo e a prefeitura realizará a compra e a entrega de demais insumos necessários para a conclusão do processo de fabricação para o presídio. A direção da unidade selecionará e disponibilizará detentos para trabalhar na fábrica e a Precomol ficará responsável pelo treinamento. Por fim, a Apac disponibilizará mão de obra qualificada para instalação do produto acabado nas vias do município de Timóteo.
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