20 de setembro, de 2019 | 07:01

Com ilustrações e textos próprios, alunos desenvolvem livro

O projeto tem como objetivo garantir a todos os alunos o direito de aprender

Divulgação
O projeto foi encerrado com a noite de autógrafos, com programação especial a presença dos familiares O projeto foi encerrado com a noite de autógrafos, com programação especial a presença dos familiares

Estudantes da Escola Estadual Sônia Maria Silva Gomes, no bairro Canaãzinho, em Ipatinga, criaram um livro especial. Dentro do projeto institucional Alfabetizar Letrando, os meninos de 10 e 11 anos escreveram e ilustraram o “Portal para Imaginação”, exemplar que contou com o trabalho realizado em duplas, em sala de aula, dentro das atividades do 5º ano. A inspiração foi a obra de Pedro Bandeira, “Robin Hood – A Lenda da Liberdade”, como explica uma das responsáveis pela turma, Wanderléa Dias Aguiar de Araújo.

O projeto, trabalhado em conjunto com a professora Andréia Oliveira Bragança Santana e com o apoio da diretora Neuly dos Santos Pinheiro Vilela, tem como objetivo garantir a todos os alunos o direito de aprender. As educadoras desenvolveram as atividades visando à noite de autógrafos, realizada nessa semana e que marcou a conclusão da obra.

A obra

“Para escrever o livro, colocamos os alunos em duplas. Além de idealizar uma história de aventura, eles também fizeram uma ilustração. Só que para o nascimento desse livro, primeiro trabalhamos o Robin Hood. Fizemos uma pré-leitura, orientamos em relação ao título, subtítulo, o porquê da imagem e levantamos o questionamento de qual tipo de história seria contada”, detalha Andréia.

A estrutura do livro foi abordada junto aos estudantes. “Trabalhamos partes por partes do livro de Robin Hood. Vimos sobre a época da Idade Média, o papel da Igreja, o sistema feudal, a figura do rei e a Guerra dos 100 anos. Envolvemos História e língua portuguesa. Fizemos cópias do livro do Pedro Bandeira para cada aluno, e a partir dele vimos o que era dedicatória, imagem, sumário, biografia. Assistimos a filmes e trabalhamos o conteúdo desde o mês de maio. Depois de estudar tudo, como Pedro Bandeira escreveu, nós partimos para a confecção do nosso livro”, relatou.
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Alunos caracterizados em uma das atividades do projeto Alfabetizar LetrandoAlunos caracterizados em uma das atividades do projeto Alfabetizar Letrando

Cada dupla pode imaginar a sua aventura e fazer a própria ilustração. Para tal, tiveram aula de escrita e revisão, até chegar à versão final, que foi digitada e enviada para a gráfica. “Digitalizamos as imagens, mandamos tudo o que os meninos fizeram, inclusive com dedicatória, da mesma forma que o autor que estudamos. Para escolher a ilustração da capa e contracapa, promovemos um concurso. Também colocamos fotos das turmas 51 e 52. Não conseguimos fazer colorido, em razão do custo, mas é um trabalho que irão guardar para o resto da vida, eu imagino”, vislumbra a professora.

Ensino

Wanderléa Araújo conta que um trabalho semelhante a esse foi desenvolvido em ano anterior, também com noite de autógrafos, mas como outra história. “Nosso objetivo era também ensiná-los que um autor não surge de uma hora para outra, tem um passo a passo a ser seguido. Robin Hood foi escolhida por acreditarmos que os meninos já estão mais maduros e que podemos levá-los a pensar sobre a mensagem. Ele era chamado de ladrão, mas tido como um herói, ao mesmo tempo, pois defendia o povo das maldades. Mostramos para eles que nessa época existia um governo ruim e os levamos a pensar se alguém luta por nós atualmente. Qual o meu papel na sociedade para ajudar um povo que está sendo sacrificado? Fizemos essa analogia para que pensassem dessa forma”, pontua a professora.

Dentro do projeto Alfabetizar Letrando são pensadas aulas diferenciadas, fora da sala, com filmes e atividades variadas. Quando o autor é da cidade, ele vai até a escola como forma de interação. “É algo que eles empolgam e o interessante é que nós também, apesar de muito trabalho, conseguimos que a família participe e ficamos surpresos com o engajamento. É uma escola de periferia, de alto de morro, mas onde os pais estão presentes e isso é muito legal. Nesse projeto, cada pai ajudou com o recurso para que o livro pudesse ser feito. O evento da noite de autógrafos foi cercado pelo glamour que pudemos promover, mas a meta era fazer com que esse aluno se envolvesse e acredito que conseguimos”, concluiu a professora.

(Bruna Lage - Repórter)
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Comentários

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Claudia Sousa

22 de setembro, 2019 | 17:39

“Fui na apresentação foi uma das melhores que já vi ,..os temas foi ,tão atual com que estamos vivendo...parabéns pelo lindo trabalho desenvolvido com os alunos”

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