CADERNO IPATINGA 2024

13 de setembro, de 2019 | 08:00

Ainda há quem se preocupe com a sexta-feira 13

Em data marcada por crendices populares, há quem acredita e outros que não ligam para superstições

Tiago Araújo
Entre as crendices da data, gato preto ''paga o pato'' com fama de trazer azar: para professora é falta de conhecimento Entre as crendices da data, gato preto ''paga o pato'' com fama de trazer azar: para professora é falta de conhecimento

A sexta-feira 13 é considerada, por algumas pessoas, como o dia em que é preciso tomar muito cuidado, para evitar alguma situação desagradável, seja em casa ou na rua. Conhecida, popularmente, como o “Dia do Azar”, a sexta-feira 13 é uma data temida há vários anos.

Nesse dia, aqueles que acreditam no poder das superstições e têm medo do azar evitam algumas coisas, como quebrar espelho, passar debaixo de uma escada, cruzar com gato preto na rua ou até mesmo abrir guarda-chuva em locais fechados, entre outras situações.

Para o padre José Geraldo de Souza, as pessoas que vivem pensando em superstição acabam contribuindo para que sua mente crie diversas situações fora do comum. “A mente delas passa a associar os acontecimentos em sua vida com as superstições. Então não se deve viver em função de sorte ou azar. Temos que viver em função daquilo que buscamos e queremos alcançar. Já recebi muitas pessoas querendo conselho, alegando que estão sofrendo com azar e que alguém fez algo contra elas. No entanto, não devemos acreditar em terceiros, e sim em nós mesmos. Só assim, alcançaremos o que queremos”, afirmou.

A professora do ensino fundamental e pedagoga, Etelvina Maria Gomes, informou ao Diário do Aço que essas superstições foram criadas na época em que a educação não era estruturada e que muitas das crendices foram inventadas pela classe dominadora de antigamente. “Desde o tempo da senzala, se falava que leite com manga fazia mal. Ou seja, isso era falado para os escravos não chuparem manga com leite, sendo uma forma de dominá-los. E essa é uma prática que foi passando entre gerações. Até os nossos avôs usavam isso com seus filhos. Portanto, a falta de educação e conhecimento contribuiu para o surgimento dessas superstições. Hoje em dia, as crianças mesmo não têm medo disso. Durante as aulas, elas falam que é lenda”, contou.

Nas ruas de Ipatinga, a reportagem do Diário do Aço ouviu as pessoas acerca das superstições. Perguntadas se acreditam que a sexta-feira 13 é o dia do azar ou não, as pessoas reagiram de forma diversa.



Wôlmer Ezequiel
''Passar debaixo de escada eu não passo de jeito nenhum. Se eu ver algum gato preto de manhã, já não gosto também. E na sexta-feira 13, eu fico com cautela quando vou sair na rua. Além disso, morro de medo de sonhar que perdi o dente, porque sempre que sonho com isso, eu perco alguma coisa. Nunca que na sexta-feira 13 eu vou ser igual nos outros dias. Fico receosa mesmo. Se eu vir um gato preto então, logo nessa data, já faço uma oração''. Inês Valentim, 65 anos, aposentada.''Passar debaixo de escada eu não passo de jeito nenhum. Se eu ver algum gato preto de manhã, já não gosto também. E na sexta-feira 13, eu fico com cautela quando vou sair na rua. Além disso, morro de medo de sonhar que perdi o dente, porque sempre que sonho com isso, eu perco alguma coisa. Nunca que na sexta-feira 13 eu vou ser igual nos outros dias. Fico receosa mesmo. Se eu vir um gato preto então, logo nessa data, já faço uma oração''. Inês Valentim, 65 anos, aposentada.

Wôlmer Ezequiel
''Eu não acredito nessas superstições, que envolvem gato preto, passar debaixo de escada ou quebrar espelho. Tem muita gente que leva a sério essas crendices. Para mim, a sexta-feira 13 é um dia normal, como qualquer outro da semana. Já me falaram muito para tomar cuidado com essas superstições, mas não acredito nisso. Fico tranquila ou sem preocupações quando passo por alguma situação dessa''. Vera Valentim, 57 anos, auxiliar de limpeza.''Eu não acredito nessas superstições, que envolvem gato preto, passar debaixo de escada ou quebrar espelho. Tem muita gente que leva a sério essas crendices. Para mim, a sexta-feira 13 é um dia normal, como qualquer outro da semana. Já me falaram muito para tomar cuidado com essas superstições, mas não acredito nisso. Fico tranquila ou sem preocupações quando passo por alguma situação dessa''. Vera Valentim, 57 anos, auxiliar de limpeza.

Wôlmer Ezequiel
''Eu não acredito em superstições. Eu acredito que se a pessoa caminhar direito na vida, ela terá coisas boas. Só tenho uma crença, na qual acredito em um Deus maior. E que Ele é o único que pode mudar a nossa sorte. Acredito que quem crê n?Ele sempre terá uma vida boa e tranquila. Já ouvi muito sobre superstições. E se tudo isso que falam for verdade, com certeza eu nem existiria mais, porque já passei por cada gato preto, que até perdi a conta''. Lúcia Moura, 48 anos, administradora.''Eu não acredito em superstições. Eu acredito que se a pessoa caminhar direito na vida, ela terá coisas boas. Só tenho uma crença, na qual acredito em um Deus maior. E que Ele é o único que pode mudar a nossa sorte. Acredito que quem crê n?Ele sempre terá uma vida boa e tranquila. Já ouvi muito sobre superstições. E se tudo isso que falam for verdade, com certeza eu nem existiria mais, porque já passei por cada gato preto, que até perdi a conta''. Lúcia Moura, 48 anos, administradora.

Wôlmer Ezequiel
''Não acredito em superstições, mas, no fundo mesmo, eu tenho medo. Já ouvi muitas histórias sobre esse tema. Minha vó me conta várias. Na sexta-feira 13 eu também sinto medo. Quando vou dormir, um dia antes dessa data, fico muito incomodada durante a noite. Até perco o sono por causa disso. Eu fico pensando nisso uma boa parte do tempo. Então eu até tomo mais cuido na sexta-feira 13''. Bruna Maria Miranda, 20 anos, estudante. ''Não acredito em superstições, mas, no fundo mesmo, eu tenho medo. Já ouvi muitas histórias sobre esse tema. Minha vó me conta várias. Na sexta-feira 13 eu também sinto medo. Quando vou dormir, um dia antes dessa data, fico muito incomodada durante a noite. Até perco o sono por causa disso. Eu fico pensando nisso uma boa parte do tempo. Então eu até tomo mais cuido na sexta-feira 13''. Bruna Maria Miranda, 20 anos, estudante.

Wôlmer Ezequiel
''Eu acredito que a sexta-feira 13 é o dia do azar. Já vi acontecer muita má sorte nessa data. Antigamente, quando eu morava na roça, escutava muito que existia lobisomem e assombração. Eu mesmo, uma vez, vi uma mula sem cabeça. Eu vi o fogo dela no curral da roça. Fiquei com muito medo. Eu acredito então. Hoje em dia, não vejo mais isso, mas na roça a gente via muita assombração. Desde pequena, já ouvia muito história sobre isso''. Maria Inácio de Jesus, 79 anos, aposentada.''Eu acredito que a sexta-feira 13 é o dia do azar. Já vi acontecer muita má sorte nessa data. Antigamente, quando eu morava na roça, escutava muito que existia lobisomem e assombração. Eu mesmo, uma vez, vi uma mula sem cabeça. Eu vi o fogo dela no curral da roça. Fiquei com muito medo. Eu acredito então. Hoje em dia, não vejo mais isso, mas na roça a gente via muita assombração. Desde pequena, já ouvia muito história sobre isso''. Maria Inácio de Jesus, 79 anos, aposentada.

Wôlmer Ezequiel
''Eu não acredito em superstições. Meu pai mesmo falava demais sobre isso. Por exemplo, ele me contava que não podia passar debaixo de escada. Eu nem ligo para sexta-feira 13. Agora, mula sem cabeça e lobisomem eu acredito. Quando eu morava em Dom Cavati, via muito vulto no meio da estrada, que desaparecia do nada. A minha porteira da roça abria sozinha de noite, sem ter ninguém. Então acredito em assombração, agora esse negócio de gato preto ou passar debaixo da escada é bobeira''. João Batista Pires, 58 anos, ajudante de pedreiro. ''Eu não acredito em superstições. Meu pai mesmo falava demais sobre isso. Por exemplo, ele me contava que não podia passar debaixo de escada. Eu nem ligo para sexta-feira 13. Agora, mula sem cabeça e lobisomem eu acredito. Quando eu morava em Dom Cavati, via muito vulto no meio da estrada, que desaparecia do nada. A minha porteira da roça abria sozinha de noite, sem ter ninguém. Então acredito em assombração, agora esse negócio de gato preto ou passar debaixo da escada é bobeira''. João Batista Pires, 58 anos, ajudante de pedreiro.




(Repórter - Tiago Araújo)
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Comentários

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Cleuzeni Torres

13 de setembro, 2019 | 08:08

“Tem gente que acredita em "Mito"”

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