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09 de setembro, de 2019 | 17:00

Morte anunciada

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
A goleada de 4 x 1 sofrida para o Grêmio, no Independência, foi uma espécie de morte anunciada do Cruzeiro, depois das declarações de Thiago Neves contestando as opções do técnico Rogério Ceni, após a eliminação para o Internacional na Copa do Brasil.

Além disso, com os salários dos jogadores e funcionários em atraso, o ambiente interno fica ainda mais tenso, com tendência a se agravar caso a diretoria não resolva logo a situação.

Na entrevista coletiva pós-jogo, Rogério Ceni foi incisivo, claro e direto, ao solicitar apoio da diretoria para fazer mudanças ‘drásticas’ na equipe, que seria afastar alguns medalhões que há algum tempo só estão jogando com o nome. Ceni até mesmo ameaçou não continuar no clube, se não tiver o apoio necessário.

De fato, para jogar ofensivamente do jeito que gosta, Rogério Ceni terá de recorrer a jogadores mais jovens, ou então àqueles mais experientes que realmente se cuidam fora de campo, o que não é o caso, por exemplo, de Thiago Neves.

A verdade é que a goleada acachapante doeu muito forte na alma celeste. E agora, só resta à torcida aguardar os desdobramentos, que certamente ainda vão render muitas cenas e emoções fortes nos próximos capítulos.

Outro fracasso
O Atlético sofreu a quarta derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro, desta vez para o limitado Botafogo carioca, resultado não pode ser atribuído somente aos erros da arbitragem, assim como pretenderam os dirigentes do Galo e o técnico Rodrigo Santana.

O time como um todo não tem rendido, e contra o Botafogo seguiu a mesma toada de derrotas anteriores, sobretudo na marcação frágil do meio de campo, além de ser inoperante na parte ofensiva, onde o ‘artilheiro’ encarregado de fazer os gols é um senhor com 40 anos de idade.

A insistência de Santana com alguns jogadores que não estão jogando absolutamente nada, como Cazares, Chará, Vinicius e Ricardo Oliveira, poderá significar a sua ruína e a do time, que terá nos próximos dias uma decisão na semifinal da Copa Sul-Americana.

FIM DE PAPO
• Uma boa parte da torcida cruzeirense está pegando no pé do volante e capitão Henrique, o que. a meu juízo, é uma grande injustiça. Apesar dos 34 anos, Henrique é um dos poucos medalhões do elenco que se cuidam fora de campo. Se não está rendendo o esperado em campo, que vá para o banco de reservas, mas sem essa de crucificá-lo e jogar nas suas costas toda a culpa pela má fase celeste.

• Já o torcedor do Galo tem toda razão de ficar revoltado com a lerdeza e o péssimo futebol do trio formado por Cazares, Chará e Ricardo Oliveira. O pior é que eles são titulares intocáveis, os ‘queridinhos’ do técnico Rodrigo Santana. Outro que já deu é Zé Welison, já encheu a paciência do torcedor atleticano. Toda vez que entra no time ele faz lambança. Contra o Botafogo fez duas, que resultaram no contra-ataque e o pênalti contra o Galo, provocando também a expulsão do zagueiro Igor Rabelo.

• O VAR (árbitro de vídeo) foi o centro das polêmicas na rodada do fim de semana no Brasileirão. Em três jogos diferentes foram registrados lances parecidos de pênaltis, sendo dois marcados e um ignorado, expondo a falta de um critério único nas decisões. O VAR já é utilizado por 25 países, além de FIFA e confederações filiadas, número considerado excelente por membros da International Football Association Board (IFAB, ou Conselho Internacional da Associação de Futebol), o órgão que regula o futebol e que, em março de 2018, incluiu o uso da tecnologia nas regras do esporte.

• As maiores críticas feitas ao VAR por aqui dizem respeito à utilização excessiva em lances interpretativos, em que se discute, por exemplo, se foi ou não pênalti. Na Premier League, a liga da Inglaterra, o VAR tem ignorado o protocolo da IFAB em várias situações e já há outras ligas e federações avaliando usar o modelo que, por exemplo, diz para o assistente levantar a bandeira em caso de impedimentos óbvios e não esperar o fim da jogada para marcar a infração. Esta é a recomendação hoje para que se possa fazer a revisão caso seja necessário e, na visão dos executivos ingleses, isso trava mais os jogos, com paradas desnecessárias para checagens. (Fecha o pano!)
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