09 de setembro, de 2019 | 09:35

Mulheres presas em Vespasiano reformam toda a unidade prisional

Celas e corredores ganharam nova pintura e a unidade também irá instalar novas caixas d’água e vasos sanitários

Dirceu Aurélio
A repaginada busca dar melhores condições de cumprimento da pena para as internasA repaginada busca dar melhores condições de cumprimento da pena para as internas

Oito detentas do Presídio de Vespasiano, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), estão dando uma nova cara à unidade prisional onde estão acauteladas. As obras começaram em julho e ainda estão em execução. A reforma, custeada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), inclui limpeza, pintura e pequenos reparos em celas, galerias, lavanderias e corredores.

A repaginada busca dar melhores condições de cumprimento da pena para as internas. A atividade ajuda a promover a ressocialização, além de oferecer boas condições de trabalho, segurança e conforto aos agentes penitenciários e servidores das áreas de atendimento e administrativa.

A diretora-geral do Presídio de Vespasiano, Eliane Coelho, conta que as melhorias já estão sendo sentidas no ambiente e os elogios são muitos. Segundo Eliane, as presas estão muito empolgadas com o trabalho que elas mesmas estão realizando. “As detentas sempre se envolvem nesse tipo de atividade e, com frequência, usamos a mão de obra delas, que, por sinal, às vezes é melhor que a dos homens, pois elas são muito detalhistas e caprichosas. A nossa intenção é deixar o presídio em excelente condição de atendimento para o público feminino”.

Quatro custodiadas estão pintando a galeria do regime fechado e outras quatro estão colocando a mão na massa no setor do semiaberto. Duas delas sabiam pintar e repassaram o conhecimento para as outras detentas: uma aprendeu o ofício com o tio e a outra participou do projeto Tudo de Cor, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do Iepha e da Sejusp, com a empresa de tintas Coral, que capacitou 52 detentos e detentas para a pintura de prédios e museus do Circuito da Liberdade.

A detenta Thayse Gabrielle Pires, de 28 anos, trabalhava com a família e compartilha o ofício da pintura com as outras presas. Para ela, poder mudar o ambiente onde se encontra é um serviço muito satisfatório. “Está sendo maravilhoso sair da cela, ensinar algo para as outras meninas e, ainda, fazer isso para o meu bem-estar e para o delas. As paredes estavam bem sujas e agora está ficando muito bonito”, conta satisfeita.

(Agência Minas)
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