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05 de setembro, de 2019 | 10:21

Fornecedores cobram R$ 9 bilhões do governo de Minas Gerais

Dívida vem do governo de Fernando Pimentel e do atual governo; que já pagou nesse ano R$ 3,8 bilhões aos fornecedores em 2019

Um grupo de fornecedores de bens e serviços cobra do governador Romeu Zema (Novo) uma quantia que soma R$ 9 bilhões em pagamentos atrasados. Os empresários têm procurado deputados na Assembleia Legislativa em uma tentativa de mediar uma negociação com o governo. A informação foi publicada pelo jornal Estado de Minas.

O deputado Alencar da Silveira Junior (PDT), usou o plenário da Casa para cobrar a regularização nos pagamentos aos fornecedores. Dados da Secretaria da Fazenda apontam que atualmente o Executivo tem uma dívida em torno de R$ 9 bilhões com empresas que repassam para o estado desde caneta até medicamentos e veículos para a Polícia Militar.
Agência Minas
Governo admite divida com fornecedores e afirma que pagamentos têm sido quitados na medida do possível Governo admite divida com fornecedores e afirma que pagamentos têm sido quitados na medida do possível

Os valores referem-se tanto a contratos herdados da administração Fernando Pimentel (PT) quanto da gestão Zema. O subsecretário do Tesouro Estadual, Fábio Amaral, reconheceu os atrasos nos pagamentos e afirmou que ainda não há uma estimativa de regularização do passivo.

“Existe hoje em Minas cronologia e tem que seguir a ordem para pagamentos. O repasse é feito para as secretarias e elas fazem (os pagamentos) conforme a disponibilidade de caixa, que ainda é bastante insuficiente”, disse. Neste ano, o estado já teria destinado cerca de R$ 3,8 bilhões para quitar dívidas com fornecedores.

Fábio Amaral lembrou ainda que o governo encontrou no caixa um volume de R$ 19 bilhões em restos a pagar – ou seja, dívidas contraídas por Pimentel, e até junho, conseguiu pagar R$ 7,6 bilhões. “Infelizmente, a dificuldade de caixa do governo está transparente para todos. Continuamos com os salários parcelados, a projeção da LDO para os próximos três exercícios é de déficit fiscal de R$ 10 bilhões a R$ 11 bilhões por ano”, alegou.

O subsecretário também rebateu informações de que o governo teria R$ 6 bilhões em caixa. Nos últimos dias, deputados estaduais vêm reclamando de qual seria a destinação para a “sobra” de recursos. De acordo com Fábio Amaral, nos primeiros seis meses do ano, os recursos se referem a um resultado contábil positivo, ao gastar menos do que tem arrecadado.

“Não existe dinheiro sobrando este ano, porque a receita gerada foi usada para restos a pagar, como o décimo terceiro salário do ano passado e o salário de dezembro. O que o estado arrecada este ano, utiliza para pagar divida do ano passado”, explicou. Ele lembrou que no início do governo, todos os órgãos foram orientados a renegociar e reduzir os contratos em 25% a 30% do valor.
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Comentários

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Sigma Six Ltda

11 de setembro, 2019 | 09:34

“Empresas de pequeno portes estão sendo fechadas devido a divida do estado com fornecedores, é lamentável que vivemos em um pais onde os governantes são os primeiros a respeitar as leis, O Zema precisa olhar para as empresas mineiras com mais atenção”

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