02 de setembro, de 2019 | 16:40

Hospital de Belo Oriente é reaberto

Unidade possui 50 leitos e capacidade de atender urgência e emergência de toda região, mas em especial, o povo de Belo Oriente

Wôlmer Ezequiel
Prefeito Hamilton Rômulo e o vice, Geci Ribeiro, ajoelhados após a inauguração do hospital Prefeito Hamilton Rômulo e o vice, Geci Ribeiro, ajoelhados após a inauguração do hospital

A reabertura do Hospital Jaques Gonçalves Pereira, em Belo Oriente, teve a presença de autoridades políticas, religiosas e centenas de moradores. A solenidade foi realizada na manhã desta segunda-feira (2), na entrada do hospital, localizado no distrito de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura), no município de Belo Oriente. O prefeito Hamilton Rômulo Menezes e sua equipe deram as boas-vindas a todos e enalteceram a importância do equipamento, não apenas para o município, mas para desafogar o sistema de saúde da região.

O prefeito destacou que a reabertura é um dos marcos de sua vida pública. “Estou muito feliz. São 50 leitos e a possibilidade de atender urgência e emergência de toda região, mas em especial, o povo de Belo Oriente. O investimento em reforma foi de mais R$ 600 mil e para equipamento mais de 500 mil, com recurso próprio. Estamos planejados, com recurso já garantido para manter o hospital aberto até o fim do nosso mandato. Se for da vontade de Deus, com seriedade e com a Câmara comprometida como temos hoje, iremos mantê-lo enquanto estivermos na prefeitura”, asseguro.

Hamilton Rômulo pontuou que o desafio agora é custear as despesas. “O valor é de R$ 280 mil mensais, um valor baixo. Às vezes as pessoas pensam assim: como manter? Mas aí entra a expertise da empresa gestora, que é a São Vicente de Paulo. Quanto ao atendimento, por ora, só não vamos fazer cirurgias, em razão da falta de liberação do banco de sangue, mas isso deve ocorrer em breve. Sobre a homenagem que fizemos, Jaques foi um grande homem, prefeito aqui por duas vezes e o nome é uma forma de honrá-lo”, explicou Hamilton, em relação ao nome do hospital.
Wôlmer Ezequiel
Diversas pessoas acompanharam a solenidade de abertura, na manhã de segunda-feira (2) Diversas pessoas acompanharam a solenidade de abertura, na manhã de segunda-feira (2)

O superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira Duque, avalia que a região do Vale do Aço será beneficiada, como um todo. “Serão 50 leitos a mais para a região, o município, que será contemplado com esse hospital, ajudará a contribuir com a saúde de todos os demais, principalmente os limítrofes de Açucena e Mesquita. Podendo ampliar isso para uma área de até 100 mil habitantes. Esperamos que, de forma gradativa, venha a contribuir, desafogando hospitais, pincipalmente o de Ipatinga e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, aponta.

Respiro

O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, fez coro sobre a importância do equipamento. Segundo o gestor, os números são soberanos. “Trouxe para o Hamilton dados que talvez nem ele saiba. Ipatinga já atendeu esse ano 70 criancinhas de Belo Oriente. Já internamos 140 pacientes de Belo Oriente no hospital municipal e já atendemos na UPA 2 mil pessoas. Então, isso mostra a importância da obra e traz sim um respiro para a cidade de Ipatinga. Temos 14 cidades pactuadas e estamos atendendo mais de 40. Queremos que os outros municípios usem essa reabertura como exemplo. A política da ambulância tem trazido muito transtorno, principalmente para a saúde do Vale do Aço”, frisa.

O secretário de Saúde de Belo Oriente, Ranieri Martinelli Resende, vê o equipamento como primordial. “É mais um instrumento de atendimento à população ao nosso redor. A importância é também desafogar o sistema de Ipatinga e atender melhor os munícipes e ao entorno da região. Nesse momento estamos abrindo apenas pronto-atendimento, e aí vamos abrindo o hospital de forma gradativa, com pé no chão, para não fechar. Estamos na contramão dos outros municípios, que estão fechando hospital. Com esses investimentos, poderemos atender a todos os anseios da nossa população e resolver definitivamente o problema que temos em relação ao atendimento médico em nossa cidade”, ansiou.

Para não fechar as portas novamente, o titular da pasta disse que foi feito um novo modelo de gestão hospitalar. É uma Parceria Público-Privada, em que foi selecionada a associação São Vicente de Paulo, com expertise em gestão hospitalar. “Estamos praticamente terceirizando essa gestão. A prefeitura entra com os recursos, com unidade física e equipamentos e a gestão pessoal e todo o restante é feito pela associação. Eles poderão buscar parcerias particulares na região para custear o restante do hospital, porque a gente não consegue sozinho bancar 100% da manutenção. Eles vão trabalhar com parcerias, com outras prefeituras ao redor, para trazer recursos e manter o hospital vivo”, adiantou.

Melhora na saúde pública é enfatizada por parlamentares

A presidente da Câmara de Belo Oriente, Nacife Gonçalves Menezes, parabenizou o prefeito e falou da contribuição do Legislativo. “Pensar em saúde é pensar em humanização. A vida é feita de desafios e obstáculos, que precisamos superar com parcerias. Um de grande importância é a Câmara Municipal, que, junto com a gestão de comprometimento com o povo, economizou R$ 1.132 milhão, que foram devolvidos aos cofres públicos. Contribuímos diretamente para a reabertura do hospital e estamos muito felizes com este momento”, destacou.

Para o deputado estadual Celinho do Sinttrocel, a reabertura é um passo muito importante. “Sabemos que há uma carência muito grande de leitos hospitalares na região, entre os três hospitais: Hospital Márcio Cunha (Ipatinga), José Maria Morais (Coronel Fabriciano) e Vital Brazil (Timóteo), há uma necessidade de abertura de mais leitos hospitalares. Hoje, com essa determinação do prefeito de fazer essa gestão, ele tira as pessoas das filas de espera, para ter um atendimento hospitalar e viabilizar um atendimento mais próximo para todos moradores de Belo Oriente e de municípios do entorno. Mas sabemos que esse passo está sendo dado, por uma iniciativa do prefeito, mas que agora caberá a todos nós buscarmos a possibilidade de conversar com o governo do estado, para que possa abrir algum convênio de custeio, para ajudar de manutenção. Tenho a proposta de fortalecer, com o envio de emendas parlamentares, para que possam ser aplicadas no custeio e na aquisição de equipamentos para o hospital. Parabenizo a administração, que hoje contribui e melhora a saúde pública da nossa região”, celebrou.

Gestão compartilhada com a Associação São Vicente de Paulo

Conforme o governo municipal, a gestão será compartilhada com a Associação São Vicente de Paulo, com experiência na área e que foi a vencedora do processo licitatório. A administração de Belo Oriente também informou que o Hospital Jaques Gonçalves Pereira foi construído na década de 1990, no distrito de Perpétuo Socorro. No entanto, somente a partir de 2008 passou a funcionar, realmente, como um hospital. Já em 2012, por falta de recursos, a unidade foi fechada. Com isso, a população precisou buscar outras unidades para obter atendimento médico.

O hospital terá 72 profissionais, entre enfermeiros, técnico em enfermagem, farmacêutico, almoxarife, arquivista, auxiliar de farmácia, auxiliar de serviços gerais, nutricionista, técnico em segurança de trabalho, técnico de radiologia, coordenador de manutenção, entre outros.


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Comentários

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Oliveira

03 de setembro, 2019 | 12:38

“É com muita satisfação que aplaudo de pé essa inauguração, em meio de muitas ingerências pelo Brasil afora, pessoas morrendo em filas de hospitais, essa atitude faz renascer em mim a crença de um país melhor, e que ainda existe gestores comprometidos com a população.”

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