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01 de setembro, de 2019 | 07:00

Dilema celeste

Fernando Rocha

[imagemd43488[ Depois de mais uma semana inteira de treinos, o Cruzeiro (16º colocado na tabela de classificação, com 15 pontos) volta a campo hoje, às 19h, no Mineirão, com a obrigação de derrotar o Vasco da Gama (14º, 20 pontos) para se descolar da parte de baixo da tabela e da ameaça de rebaixamento.

Uma disputa à parte será travada pelos dois técnicos, o emergente Rogério Ceni, do Cruzeiro, contra um ‘dinossauro’ do futebol nacional, Vanderlei Luxemburgo, que, depois de ser rotulado como ‘ex-técnico’, ressurge aos olhos da mídia graças aos bons resultados obtidos no comando do limitado elenco vascaíno atual.

Devido ao estilo dos dois treinadores, a expectativa é de um bom jogo. No entanto, após o empate frustrante com o CSA, na rodada passada, ficou no ar uma dúvida sobre a viabilidade do esquema ofensivo e intenso celeste, pretendido pelo técnico Rogério Ceni.

Devido à média de idade alta e condição física do elenco, que tem deixado muito a desejar, vamos ver contra o Vasco qual será a postura do Cruzeiro, cujo dilema vivido é bem parecido com um ditado popular aqui dos nossos grotões: “O que fazer para comer a carne sem matar o boi?”.

Parada difícil
E o Atlético que se prepare, pois, animado com a classificação à semifinal da Sul-Americana, o Corinthians virá com tudo em busca da vitória no jogo no Itaquerão, que mais uma vez estará lotado.
Além disso, será um confronto direto entre o 5º colocado na tabela classificatória, o Corinthians, que somou até agora 28 pontos ganhos, contra o 6º, o Atlético, que marcou 27.

O Galo, sob o comando do técnico Rodrigo Santana quebrou vários tabus na temporada e vai tentar mais uma façanha, vencer o Corinthians na arena adversária, onde já se enfrentaram seis vezes, com três vitórias dos paulistas e três empates. Como as duas equipes só voltarão a jogar pela Copa Sul Americana a partir do dia 18 deste mês, devem levar a campo todos os titulares, daí a previsão também é de um grande jogo, com fortes emoções.

FIM DE PAPO
• Sem dúvida, a grande atração da 17ª rodada do Brasileirão será o jogo que se esperava nas semifinais da Libertadores, entre Flamengo e Palmeiras, 1º e 3º na tabela de classificação, os milionários do futebol nacional, que vão jogar às 16h, no Maracanã lotado.

Se, na história do confronto, a vantagem é palmeirense, com 46 vitórias contra 37 do rubro-negro, jogando no Maracanã o Flamengo é superior, com 20 triunfos contra 13. Mais do que isso, o Flamengo está com o moral elevado, contra um Palmeiras machucado e o coração sangrando pela eliminação sofrida diante do Grêmio, na Libertadores. Um empate manterá o alviverde vivo, mas o favorito para vencer é mesmo o líder Flamengo.

• Foi impressionante, o ‘oba-oba’ criado pela imprensa esportiva da capital em torno da contratação, pelo Cruzeiro, de nada mais nada menos do que Ezequiel, um “atacante de velocidade” solicitado pelo técnico Rogério Ceni. De repente, parece até que o Cruzeiro trouxe o Messi ou o Neymar. Ezequiel é uma jovem promessa de 21 anos, vinha jogando a Série B pelo Sport, emprestado pelo Botafogo. Como diria o jornalista Rogério Perez, “menos, menos, minha gente”.

• É fato que nós, brasileiros, temos o péssimo defeito de esquecer, muito rapidamente, tanto o que é bom quanto o que é ruim. Assim, políticos corruptos e péssimos administradores acabam voltando ao protagonismo antes do imaginado, enquanto outros viram heróis da noite para o dia e caem no anonimato com a mesma velocidade. No futebol, que imita a vida, isto, é real e acontece a todo instante.

• Bastaram algumas falhas e uma contusão que o tirou dos gramados coincidirem com algumas boas e seguras atuações do jovem Cleiton, 22 anos, cria da base do Galo, para o chão do goleiro Victor desabar, fazendo ser esquecido tudo o que fez ou representou na história recente do clube. O torcedor é imediatista por natureza e só enxerga até a altura do próprio umbigo.

Contra o Botafogo, na próxima rodada, Cleiton estará servindo à seleção brasileira Sub-23 e Victor vai reassumir a posição de titular, para talvez editar uma das máximas do grande Nelson Rodrigues: “Há momentos na vida em que o homem tem que virar dragão, ou acaba apanhando papel no meio da rua”. (Fecha o pano!)
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