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22 de agosto, de 2019 | 20:00

Administração de Santana do Paraíso se manifesta acerca de operação da PC

Um dos alvos da ação da Polícia Civil foi a Gerência de Esportes o município

Tiago Araújo
A prefeita Luzia de Melo e o procurador-Geral Vinícius Pinheiro, em entrevista à imprensaA prefeita Luzia de Melo e o procurador-Geral Vinícius Pinheiro, em entrevista à imprensa

Após a execução da operação Mérida da Polícia Civil, que investiga o possível desvio de verbas públicas na área de esportes na administração de Santana do Paraíso, a prefeita Luzia de Melo e o procurador-Geral do município, Vinícius Pinheiro de Andrade, concederam entrevista à imprensa, na tarde desta quinta-feira (22), para se manifestar acerca do assunto.

Na oportunidade, eles se disseram surpresos com a ação da Polícia Civil e afirmaram que “a administração municipal está sempre disposta a colaborar com as investigações”.

A operação

Na operação desencadeada pela PC, sob o comando do delegado Bruno Morato, na última terça-feira (20), foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, dos quais quatro foram em Santana do Paraíso e um em Ipatinga. Um dos alvos da ação foi a Gerência de Esportes de Santana do Paraíso. No entanto, a administração afirma que não houve apreensão de documentos na prefeitura e que a polícia civil apenas foi ao local para solicitar o envio de documentos.

A operação Mérida investiga supostos desvios de recursos públicos em Santana do Paraíso, praticados por uma entidade esportiva (escolinha de futebol) que presta serviços para a comunidade. O nome da operação é uma referência à cidade de Mérida, no México, onde em 2003 foi assinada a Convenção das Nações Unidas contra a corrupção.

Um homem de 46 anos, suspeito de ter relações com a entidade, foi preso preventivamente, na terça-feira (20), no centro da cidade.

Colaboração

Conforme a prefeita, desde o início do seu mandato, ela preza por uma administração correta, dentro da legalidade, e que a população merece ter uma resposta em relação ao caso ocorrido no município.

“O nosso relacionamento com a Polícia Civil é muito bom. As portas da prefeitura sempre estiveram abertas para que eles pudessem fazer o trabalho deles. Eu não aceito coisas que estão fora da lei, mas o que me deixou constrangida é que a polícia deveria ter pedido para nós a documentação necessária, que enviaríamos, como foi feito com o Ministério Público há um tempo”, informou Luzia de Melo.

Medidas cabíveis

Segundo o procurador do município, a administração municipal ainda não teve acesso ao inquérito policial e afirmou que o foco principal das investigações é a entidade esportiva. “Até agora, não podemos dizer que tem algum servidor público envolvido na investigação, porque a pessoa presa não tem relação com o município, mas se ficar constatada alguma conduta escusa de algum servidor, serão tomadas medidas administrativas cabíveis, como processo administrativo disciplinar ou até exoneração direta”, afirmou.

O procurador também informou que, em 2018, o Ministério Público já havia solicitado cópias de documentos do chamamento público no qual a entidade esportiva foi aprovada e que a documentação necessária foi enviada. “Vale lembrar que a prestação de contas apresentada pela entidade esportiva passou pela Controladoria Interna do município e pelo setor contábil e, de acordo com os documentos apresentados, a prestação de contas foi aprovada em 2018”, disse.

Ação necessária

Em entrevista ao Diário do Aço, o delegado Bruno Morato afirmou que houve um mandado de busca e apreensão na Gerência de Esportes. Ele justificou a presença dos policias na prefeitura. “Como o gerente de esportes é um dos investigados, não tínhamos segurança de que esses documentos não seriam manipulados. Achamos que não era confiável pedir para essa documentação ser enviada. Então essa foi uma forma de proteger as provas”, explicou.
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