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18 de agosto, de 2019 | 19:00

Inauguração de fábrica de sacolas garante emprego para detentos de Juiz de Fora

Com novo galpão, Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires agora conta com duas oficinas de trabalho e 71 presos em atividade

Mais 12 presos serão empregados na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com a fábrica inaugurada dentro da unidade. Os detentos irão produzir sacos de lixos e bobinas de sacolas plásticas para uma empresa sediada no município, que instalou parte de sua produção na penitenciária.

O galpão onde a fábrica da Hiperroll Embalagens foi instalada tem um espaço de 120 m². A expectativa de produção é de 820 mil sacos de 50 litros e 10 mil sacos picotados por dia. Ao longo desta semana, os presos passarão por um treinamento para aprender a manusear o maquinário. Agora, com a nova parceria, a unidade prisional conta com um total de 71 presos trabalhando.

Pelo serviço, os detentos receberão ¾ de um salário mínimo e remição de pena – a cada três dias trabalhados, um é retirado da sentença. A intenção da empresa parceira é que, no futuro, mais presos sejam contratados para o trabalho.

Para o diretor-geral da penitenciária, Bruno Aguiar, a consolidação de mais uma parceria de trabalho é de grande auxílio para a gestão prisional. “A atividade laboral, além de trazer a perspectiva de uma nova profissão, contribui para o bom comportamento da massa carcerária, uma vez que a Comissão Técnica de Classificação (CTC) somente aprova para o trabalho aqueles internos que apresentam bom comportamento”, explica.

Um dos selecionados para trabalhar na nova fábrica foi Lucas Martins Pinheiro, de 25 anos. Para ele, as perspectivas são as melhores possíveis. “Essa oportunidade que a empresa e a unidade prisional estão oferecendo é algo que eu não quero desperdiçar”, diz. Lucas conta que não esperava aprender um novo ofício, mas a oportunidade o fez pensar em um futuro diferente. “Até nasceu uma esperança na gente quando o pessoal da empresa disse que temos grandes chances de trabalhar na fábrica deles do lado de fora”, conta.

Segundo o coordenador industrial da Hiperroll, José Gabriel Gonçalves, a empresa firmou uma parceria semelhante com o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), de Juiz de Fora. Foi lá que encontrou o atual diretor da Ariosvaldo Campos Pires, que propôs a instalação da fábrica na unidade.

“Esse tipo de cooperação tem dois lados que atraem o empresário: o financeiro e a questão social, que é o que mais valorizamos”, diz José Gabriel. “O trabalho dignifica o homem, e nós acreditamos muito que uma pessoa presa pode se recuperar trabalhando. Obtendo essa profissão agora, eles poderão ser contratados pela empresa quando saírem. Nós gostamos muito dessa ideia e temos a intenção de ampliar e empregar mais presos”, finaliza.

Divulgação Sejusp
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