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13 de agosto, de 2019 | 16:00

A questão das embalagens na sustentabilidade

Rommel Barion *

A questão dos cuidados com o meio ambiente é uma realidade. Os recursos do planeta estão cada vez mais escassos, e quando falamos da postura da indústria frente a isso, ignorarmos esse fato é um erro grave. No entanto, não é  preciso se desesperar: existem maneiras de se adaptar e colaborar com o meio ambiente sem que qualquer empresa sofra no processo.

Com maior acesso à informação, é possível notar o aumento da pressão sobre as indústrias pela garantia da sustentabilidade de suas produções. A questão abrange não apenas os produtos em si, mas a parte que traz grande impacto para o meio ambiente, as embalagens.

Lançada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco nacional na gestão de resíduos sólidos, regulamenta a implantação da Logística Reversa, um importante instrumento de desenvolvimento econômico que tem como objetivo destinar adequadamente os resíduos produzidos no pós-consumo - as embalagens - e como elas podem retornar à cadeia produtiva, evitando o acúmulo de rejeitos no meio ambiente.

Mesmo tendo sido implantada há nove anos, ainda é comum ver empresários confusos acerca da PNRS e da Logística Reversa, mas é importante que todos estejam atentos às suas responsabilidades, pois a fiscalização está aí e as consequências não são brandas para quem não se adequar. No estado de São Paulo, por exemplo, a implantação de um sistema de Logística Reversa já é fator condicionante para renovar o licenciamento ambiental.

Em paralelo à PNRS e à Logística Reversa, é interessante que as empresas estejam atentas à tecnologia de ponta. Ela pode ser uma importante aliada na caminhada em prol de um planeta mais sustentável, e o investimento em pesquisas pode ajudar a criar embalagens ecologicamente corretas, reduzir a quantidade de material nocivo na sua produção e até mesmo desenvolver novas fórmulas de invólucro para os produtos. Utilizando as ferramentas corretas, é possível, além de cumprir a legislação e colaborar para a melhora do meio ambiente, sair na frente em um mercado que está cada vez mais competitivo.

Por fim, outro ponto importante a ser ressaltado é que, independentemente do tipo de embalagem produzida, não devemos ‘demonizar’ nenhum tipo de material. O plástico, por exemplo, tem sido o vilão da vez, mas será que o problema todo está nele ou no seu uso e descarte incorreto? Tudo passa pela conscientização do cidadão. A reflexão é válida, e o planeta Terra agradece.
 
* Presidente do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) e do Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimentícias e Biscoitos, de Doces e Conservas Alimentícias do Paraná (Sincabima).
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