12 de agosto, de 2019 | 17:32

Boa aposta

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Rogério Ceni disse ‘sim’ ao Cruzeiro e deve comandar hoje o primeiro treinamento na Toca II, visando o próximo compromisso do time celeste pelo Brasileirão, que será diante do líder, o Santos, domingo, no Mineirão.
O negócio foi fechado com uma rapidez maior do que se esperava, uma vez que o treinador havia recusado vários convites, o mais recente deles feito pelo Atlético, que o procurou para substituir Levir Culpi.

Ceni chega com a missão de tirar o Cruzeiro da zona de rebaixamento. Além disso, terá pouco menos de um mês para preparar a equipe visando o segundo jogo decisivo, pela semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, em Porto Alegre.

Sem sombra de dúvida, recolocar o Cruzeiro, um clube gigante, no caminho das vitórias, não será uma tarefa fácil, e torna-se o grande desafio para Rogério Ceni neste início de carreira.
Aparentemente, o elenco celeste está rachado, tem várias panelinhas lideradas por medalhões, alguns com prazo de validade vencido. E para piorar o cenário, o clube ainda atravessa uma grave crise político/financeira e o atraso de salários tem influenciado o rendimento em campo.

Rogério Ceni é, sim, uma boa aposta da diretoria, que espera dele muita habilidade neste primeiro momento para ter o grupo nas mãos, tendo ainda que administrar problemas extracampo. E nós só vamos saber se dará certo ou não depois dos primeiros resultados sob seu comando.

Encostou no líder
A vitória sobre o Fluminense, 2 x 1, no Independência, combinada com outros resultados, como a derrota do líder Santos e o empate do vice, Palmeiras, deram um impulso ao Atlético, que ficou a cinco pontos do Peixe, podendo voltar a sonhar com o título, que persegue há 48 anos.

A vitória serviu também para que o veterano artilheiro, Ricardo Oliveira, finalmente quebrasse o incômodo jejum de 15 jogos sem marcar, ao balançar as redes do tricolor carioca.

Sem poder contar com o volante Jair, poupado por desgaste físico, o técnico Rodrigo Santana adotou um esquema de linhas altas na marcação, forçando os erros de passe do Fluminense, o que funcionou no final, pois os gols alvinegros saíram de falhas do adversário em saídas de bola da sua defesa.

O Galo voltará a campo no próximo sábado (17), em Curitiba, para enfrentar o Athletico-PR, muito provavelmente com um time reserva, pois na terça-feira fará a primeira partida do mata-mata pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, contra o La Equidad, da Colômbia, no Independência.

FIM DE PAPO
• Rogério Ceni era o segundo treinador mais longevo da Série A, antes do anúncio de sua contratação pelo Cruzeiro. Com a cultura de alta rotatividade, o Campeonato Brasileiro passa a ter quatro treinadores, cerca de 20% do total, com mais de um ano no cargo: Renato Gaúcho, Odair Hellmann, Tiago Nunes e Luiz Felipe Scolari. Nos 16 clubes restantes os técnicos têm menos de um ano no cargo, sendo que onze deles abaixo de seis meses no comando das equipes.

• O VAR estreou neste fim de semana no Campeonato Inglês, com a seguinte máxima: "Mínimo de interferência, máximo de benefício". Todos os lances checados e revisados foram resolvidos no tempo médio de um minuto de paralisação da partida, com imagens reprisadas simultaneamente nos telões dos estádios e na TV. Mesmo assim, o técnico Pep Guardiola, do Manchester City, criticou o VAR dizendo que “estão matando a emoção do futebol”.

• Respeito, mas discordo totalmente da fala do Guardiola, pois entendo que o VAR veio no sentido de corrigir ou diminuir ao máximo as injustiças. O erro, desonestidade, não deve prevalecer em nenhuma atividade, muito menos no jogo de futebol. Aqui no Brasil o VAR tem muito ainda o que evoluir, pois tem virado uma muleta para árbitros incompetentes, interferindo onde não devem e deixando de agir em lances capitais, sempre com um tempo exagerado de paralisação e quebrando o ritmo das partidas.

• O VAR brasileiro neste momento desagrada a todos, embora não haja dúvida quanto à sua validade e necessária utilização. Está na cara que o problema não está na tecnologia, mas em quem está operando os equipamentos, sem saber como fazer, ou sem o devido treinamento. A melhor definição que vi do VAR, operado pelos assopradores de apito da CBF, foi esta: “Lamparina na mão de cego.” (Fecha o pano!)
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