10 de agosto, de 2019 | 10:05

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Fernando Rocha

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Fernando RochaFernando Rocha
Até o fechamento desta coluna, dois nomes eram os mais citados para substituir Mano Menezes no comando do Cruzeiro: Dorival Junior, que estava desempregado desde que deixou o Flamengo, no fim do ano passado, e Rogério Ceni, atual técnico do Fortaleza.

Experiente e com passagens por alguns dos principais clubes nacionais, Dorival dirigiu o Cruzeiro em 2007, tendo vindo para substituir Paulo Autuori, após a perda do estadual para o rival Atlético. Mas o trabalho que ele fez foi considerado apenas regular e seu contrato não foi renovado para o ano seguinte, sendo sucedido por Adílson Batista.
Rogério Ceni é da nova geração de treinadores do futebol nacional e vem fazendo sucesso à frente do Fortaleza, com uma boa campanha no Brasileirão (14º lugar, 14 pontos ganhos), acima das expectativas, considerado o elenco modesto que tem nas mãos.

Ceni vinha sendo cobiçado por vários clubes grandes do Sudeste. Recentemente o Atlético tentou contratá-lo para o lugar de Levir Culpi, mas Ceni vem dizendo ‘não’ a todos eles, sempre alegando respeito ao contrato que tem em vigor com o clube cearense.

Bem avisado
Seja lá quem for o treinador que irá assumir o Cruzeiro, chega muito bem avisado do tamanho da onça que terá de enfrentar, missão parecida com a do ex-técnico Mano Menezes, quando chegou ao clube em 2016 para substituir o português Paulo Bento, que deixou o time celeste na zona de rebaixamento.
É desnecessário dizer que, pelo conjunto da obra, os três anos de Mano à frente do Cruzeiro foram bastante positivos, pela conquista de títulos importantes.

O novo comandante terá um abacaxi maior ainda do que Mano Menezes que descascar, pois ao contrário de 2016, o Cruzeiro hoje navega por águas turvas, na maior crise política e financeira dos seus 98 anos de história, o que vem influenciando nos resultados negativos em campo.

FIM DE PAPO
• Não há dúvida de que as dificuldades encontradas pela diretoria do Cruzeiro para contratar logo o treinador têm muito a ver com a grave crise financeira do clube. Dorival Junior teria feito uma pedida muito alta para o atual momento celeste, algo em torno de R$ 400 mil mensais, além de contrato com duração de cinco temporadas e multa alta para quem romper o vínculo antes do final. Por conta disso, a negociação esfriou e surgiu o nome de Rogério Ceni como novo Plano A celeste.

• A escolha de Dorival recebeu apoio significativo da torcida celeste nas redes sociais, talvez porque o técnico se destacou como ‘bombeiro’, em passagens de sucesso por vários clubes ameaçados de rebaixamento, como é o caso atual do Cruzeiro. Em 2009, comandou o Vasco de volta à elite nacional; em 2010 foi a vez de salvar o Galo da queda à Série B, depois da passagem desastrosa de Vanderlei Luxemburgo pelo alvinegro; em 2013, evitou que o Fluminense retornasse à Segunda Divisão; em 2014 foi a vez de livrar o Palmeiras do rebaixamento e, por último, em 2015, salvou o Santos da degola.

• O ex-jogador Mancini, revelado na Aciaria e depois no Galo, onde se destacou até se consagrar na Roma, da Itália, mudou-se há dois anos para a Europa, onde fez vários cursos com a finalidade de se tornar treinador de futebol. O começo, que parecia ser tranquilo, ficou tenso após os protestos da torcida do Foggia, clube da terceira divisão italiana, contra a sua contratação. O motivo é uma condenação por estupro, em 2011, na Itália. Mancini foi condenado a quase três anos de prisão, mas já recorreu da sentença. O jogador disse à imprensa italiana que está ‘tranquilo’, e alega ser vítima de extorsão.

• Não dá para entender a Globo, que tanto preza pelo cumprimento do seu código de ética interno, ao permitir que o ex-árbitro, Paulo César Oliveira, hoje comentarista de arbitragem, trabalhe no mesmo jogo em que seu irmão, o também assoprador de apito, Luiz Flávio Oliveira, esteja atuando, como aconteceu na transmissão da partida entre Cruzeiro x Inter, pela Copa do Brasil. Há, neste caso, um evidente conflito ético, que provoca sério constrangimento para ambos, sobretudo o comentarista, embora não haja evidências de protecionismo nas suas opiniões para beneficiar o irmão. Neste caso, para entender a direção da TV Globo, só chamando o VAR. (Fecha o pano!)
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