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10 de agosto, de 2019 | 08:00

Superintendente alerta para falta de soro antirrábico humano

O superintendente informou que essa falta de soro antirrábico ocorre não apenas na região, mas em todo o Estado de Minas Gerais

Wôlmer Ezequiel
Ernany de Oliveira também destacou que a circulação de notícias falsas atrapalha as campanhas de vacinação Ernany de Oliveira também destacou que a circulação de notícias falsas atrapalha as campanhas de vacinação

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem. É transmitida pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordida. Quando ocorre a transmissão, a pessoa deverá receber o soro antirrábico para combater o vírus. No entanto, em entrevista ao Diário do Aço, o superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira, revelou que há uma falta no estoque de soro antirrábico humano e pediu uma atenção especial da população em relação a esses casos.

O superintendente informou que essa falta de soro antirrábico ocorre não apenas na região, mas em todo o Estado de Minas Gerais. “De maneira em geral, os laboratórios estão deixando de produzir o soro por questões legais por estarem passando por um momento de retificação de processo e de trabalhos internos. Por causa disso, tem diminuído o número de soros disponibilizado para a população, principalmente, o de raiva humana, o que tem nos preocupado muito”, explicou.

Atenção
Diante dessa situação, Ernany de Oliveira pede que a população adote alguns cuidados especiais para evitar que a situação piore ainda mais. “Se houver alguma possível necessidade, na qual a pessoa suspeite que o animal possa estar infectado, pedimos para que não mate esse gato ou cachorro, para que seja feita uma investigação. Com isso, será possível descobrir se, de fato, haverá necessidade de a pessoa tomar o soro, já que existe um risco de a população ficar desassistida em relação ao soro antirrábico humano”, destacou.

Sintomas
Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta: mal-estar geral; pequeno aumento de temperatura; anorexia; cefaleia; náuseas; dor de garganta; entorpecimento; irritabilidade; inquietude e sensação de angústia.

A infecção da raiva pode progredir, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como: ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes; febre; delírios; espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões.

Notícias falsas
Na entrevista ao Diário do Aço, o superintendente regional de Saúde também lamentou a divulgação de notícias falsas, que circulam nas mídias sociais, envolvendo as vacinas. “As pessoas precisam ficar muito atentas em relação a essas notícias falsas, que tratam as vacinas como algo ruim e inventam um tanto de mentiras. Por isso é importante que a população não contribua com a disseminação. Se receber algo estranho envolvendo as vacinas, procure por fontes confiáveis, como os sites do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde”, informou.

Conforme Ernany de Oliveira, a Superintendência Regional de Saúde teve muitos problemas em relação às campanhas de vacinação no primeiro semestre, devido às notícias falsas. “Com um trabalho efetivo, não só da superintendência, mas também de todos os municípios sob jurisdição da nossa regional, nós conseguimos atingir a meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Gostaria de destacar também que a vacina disponibilizada pelo SUS é de qualidade, reconhecida mundialmente”, concluiu.
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