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05 de agosto, de 2019 | 15:09

Vitória merecida

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O saudoso amigo e comentarista Osvaldo Faria, um dos maiores que já existiram em toda a história do rádio esportivo mineiro, costumava dizer que “clássico bom rende polêmicas uma semana antes e outra depois”.

Estivesse ainda entre nós, e certamente Osvaldo teria gostado do clássico disputado neste domingo, no Estádio Independência, em que o Galo derrotou o Cruzeiro por 2 x 0, mas sobretudo, teria elogiado a atuação do time alvinegro, que foi aplicado, mostrou raça e foi merecedor do resultado.

Os gols de Vinícius Goes e depois de Nathan, no fim de cada tempo de jogo, decretaram a vitória atleticana, que até poderia ter sido por um placar mais elevado, não fossem algumas boas defesas praticadas pelo goleiro Fábio, salvando a equipe celeste de um vexame maior.

Do goleiro Cleiton, que está substituindo muito bem o ídolo atleticano Victor, ao meio-campo Nathan, que foi o último a entrar na partida e fez o segundo gol alvinegro, todos os jogadores correram muito, se dedicaram, sem dar quaisquer chances de reação ao Cruzeiro.

Sem jogar pela Sul-Americana esta semana, o Atlético ganha tempo para se dedicar apenas ao Brasileirão, preparando-se para o jogo do próximo sábado, em casa, contra o Fluminense, enquanto o Cruzeiro tem que juntar os cacos e encarar o forte time do Internacional, amanhã, no Mineirão, para o jogo de ida pela semifinal da Copa do Brasil.

Duelo tático
Um aspecto interessante deste clássico e que chamou a atenção foi o duelo tático entre o jovem Rodrigo Santana e o experiente Mano Menezes, vencido pelo primeiro com sobras pela segunda vez consecutiva.
Contrariando as expectativas, por jogar em casa e pelas características dos times, Santana armou o Atlético para contra-atacar e deu a posse de bola ao Cruzeiro.

Surpreendido, o time celeste esbarrou na marcação forte feita pelo Atlético, e pareceu perdido em campo, sem conseguir criar jogadas que, de fato, levassem algum perigo à meta do jovem o bom goleiro Cleiton.
Por outro lado, em contra-ataques perigosos, o Galo conseguiu chegar à área adversária e, além dos dois gols, criou várias chances de perigo para a meta do goleiro Fábio.

FIM DE PAPO
• Nos oito jogos do fim de semana pelo Brasileirão foram marcados 22 gols, quase três por jogo. A média subiu muito graças ao time do Santos, o líder absoluto e grande destaque da competição até agora, que arrasou o Goiás com uma goleada de 6 a 1, na Vila Belmiro, coisa que, para variar, levou à demissão do técnico do clube goiano, Claudinei Oliveira. Outro destaque foi a vitória do Bahia, que atropelou o Flamengo em casa, por 3 a 0.

• Nos outros clássicos estaduais, o Ceará passou pelo Fortaleza, 2 x 1, e na Arena Itaquera, Corinthians e Palmeiras ficaram no 1 x 1, placar que acabou atendendo os interesses dos dois lados. Se no clássico mineiro o público decepcionou, na Fonte Nova, em Salvador, foram registrados 43.099 torcedores, superando os 42.675 pagantes do Itaquerão.

• Sem contar a tentativa do Cruzeiro de tirar proveito da infeliz declaração do técnico Rodrigo Santana, que, num encontro com membros de torcidas organizadas, empolgou-se e falou em “ódio mortal” ao rival, entre outras baboseiras, não se pode admitir de maneira alguma os atos praticados por vândalos que se dizem torcedores atleticanos, pela segunda vez consecutiva atirando pedras contra o ônibus que levava a delegação cruzeirense na chegada ao Estádio Independência.

• Além disso, nos últimos jogos realizados pelo Atlético em casa, vários objetos foram atirados no gramado do estádio, o que poderá render sérios prejuízos, como a perda de mando de campo. Os que praticam esses atos são marginais e devem ser tratados como tal pela polícia e pelo clube, com tolerância zero. É inadmissível tal situação e os culpados precisam ser identificados, punidos e banidos dos estádios, para o bem dos verdadeiros torcedores, que nada têm a ver com essa selvageria. (Fecha o pano!)
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