30 de julho, de 2019 | 17:05

Reforma da Academia Olguin é concluída

Construção tombada como patrimônio histórico e artístico de Ipatinga, teve restauração concluídas

Rodrigo Zeferino/Divulgação/ACS CCU
O público assistiu cenas do Balé Paquita, com alunas de Salette OlguinO público assistiu cenas do Balé Paquita, com alunas de Salette Olguin

Depois de quase um ano fechada, a Academia Olguin, considerada o primeiro teatro do Vale do Aço e tombada como patrimônio histórico e artístico de Ipatinga, teve as obras de restauração concluídas. nos últimos 12 meses, o espaço passou por obras de melhoria patrocinadas pela Usiminas, e agora reabre as portas para as aulas de balé, caratê e demais atividades, ministradas no espaço desde a fundação, em 1970, pela família Olguin.

As obras resultaram de um projeto apresentado pela Associação Pró-Cultura de Ipatinga e foram financiadas pela Usiminas, com o apoio do Instituto Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O projeto de reforma teve anuência do Ministério Público Estadual e Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Ipatinga. A Usiminas, por meio de acordo com o MP, está reformando outros dois importantes bens tombados pelo município: a “Estação da Pedra Mole” e a “Fazendinha”, cujas obras serão encerradas no ainda este ano. Ao todo, a empresa investiu cerca de R$ 1,5 milhão em reformas e adaptações dos três imóveis.

Rodrigo Zeferino/Divulgação/ACS CCU
Sérgio Leite, presidente da Usiminas, entregou o equipamento restauradoSérgio Leite, presidente da Usiminas, entregou o equipamento restaurado

A entrega oficial da Academia Olguin foi feita nesta terça-feira (30) pelo presidente da Usiminas, Sergio Leite. “Para a Usiminas é motivo de alegria viabilizar o restauro deste importante patrimônio, que oferta atividades que reforçam nossos laços com a comunidade. A Academia é espaço que sempre apoiamos em função do relevante trabalho cultural e esportivo executado pela família Olguin há mais de quatro décadas”, disse Sergio Leite.

As intervenções incluíram um novo telhado, instalações elétricas, pintura e correção de revestimentos, reparos hidráulicos, sinalização, saídas de emergência e novas cadeiras na plateia. Também foram feitas adequações de acessibilidade, como banheiros adaptados e rampas de acesso aos espaços do prédio. A Academia Olguin abriga salas de ensaio, um teatro com 193 lugares e palco com cerca de 80 metros quadrados.

A partir de agosto, a Academia Olguin voltará a receber as aulas de caratê e do projeto Centro de Referência em Dança do Vale do Aço, que este ano atende 120 estudantes de escolas públicas com aulas gratuitas de balé. A iniciativa foi lançada pela pioneira da dança em Ipatinga, Zélia Olguin, há 20 anos, e é mantida atualmente por sua filha, Salette Olguin.

“Essa é uma ação que nos dá muito orgulho. Minha mãe iniciou o projeto em 1999, como Bolsa para Balé Clássico. A partir de 2007 ele tornou-se Centro de Referência em Dança do Vale do Aço e, desde então, recebemos alunos vindos de toda a região. É emocionante como o projeto consegue ampliar o olhar dos participantes. O universo da dança e das artes se abre para eles de uma forma que vai acompanhá-los por toda a vida. Com a reforma feita na Academia, poderemos dar continuidade a este projeto e iniciar outros”, destaca Salette Olguin.

História
A trajetória da Academia Olguin liga-se ao processo de implantação das três principais cidades do Vale do Aço: Timóteo, Coronel Fabriciano e Ipatinga. Em 1964, a bailarina Zélia de Souza Franco Olguin chegou à região, vinda de São Paulo, e começou a ministrar aulas de balé clássico em Timóteo. Em 1966, mudou-se para Ipatinga e deu continuidade ao seu trabalho. Em 1970, ela vislumbrou em um refeitório desativado, que era utilizado por funcionários da Usiminas, a possibilidade de transformá-lo em espaço para aulas de balé clássico e de caratê, ministradas por seu marido, Mathias Olguin.

Com apoio e autorização da Usiminas, Zélia adaptou o local e dotou-o de salas de ensaios e palco. Sua inauguração, em dezembro de 1971, foi um marco para a cultura no Vale do Aço. O espaço se transformou no mais importante Teatro de Ipatinga.

Durante décadas, a Academia Olguin recebeu apresentações de grupos de dança e teatro regionais e nacionais, como a Cia. de Dança Palácio das Artes, Centro Mineiro de Danças Clássicas, Toute Forme, Grupo Meia Ponta e Grupo Camaleão, de Belo Horizonte, Escola de Balé Lúcia Millas e Raça Cia. de Dança, ambas de São Paulo, dentre outros. O ensino do caratê, a partir de Mathias Olguin, teve sequência com seu filho Júlio, recebeu inúmeros alunos, realizou e participou de importantes campeonatos da categoria.

A restauração do prédio é uma obra há muito esperada. É o primeiro passo para que a Academia volte a funcionar como mais uma alternativa para apresentações na área das artes no Vale do Aço.


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Comentários

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Agnaldo Jose Coelho

22 de outubro, 2020 | 15:37

“interesante”

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