30 de julho, de 2019 | 09:55

Jovem morto no SP II estava vendendo munição, em Coronel Fabriciano

Conteúdo da sacola levada pelos assassinos foi descoberto por meio de conversas no whatsApp no telefone da vítima

Wellington Fred
Mateus estava negociando a venda de munição ao ser mortoMateus estava negociando a venda de munição ao ser morto

A sacola levada pelos dois autores da execução de Mateus Henrique Silva, de 20 anos, estava com munição. É a descoberta inicial realizada pela Polícia Militar durante as buscas aos dois assassinos do jovem, crime ocorrido na rua V-19, no bairro Sylvio Pereira II, em Coronel Fabriciano, no início da tarde desta segunda-feira como noticiou o Diário do Aço.

O conteúdo da sacola era um mistério para a Polícia Militar logo após a ocorrência do crime. Marcos estava com a namorada, uma jovem de 19 anos, e ainda o filho dela, um menino de 2 anos de idade. A criança estava na cadeirinha, no banco de trás, do Fiat Uno dirigido pela vítima que morava no bairro Santa Terezinha II.

Eles foram ao Sylvio Pereira II com o objetivo, segundo contou inicialmente a namorada da vítima, entregar algumas roupas e uma caixa cujo conteúdo dizia não saber do que se tratava. Ao passar pela rua, dois jovens deram sinal para Mateus parar o carro. Assim que começaram a conversar, o motorista alegou que não entregaria a sacola, pois eles não seriam as pessoas que combinou a entrega.

Os criminosos puxaram a sacola das mãos da vítima e dispararam vários tiros com uma pistola semiautomática contra Mateus. No instinto de fugir, o jovem acelerou o carro, mas perdeu o controle subindo na calçada arrancando um porta-lixo e batendo contra um poste de iluminação pública.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada, mas Mateus já estava morto. A namorada dele e o filho foram socorridos e encaminhados ao Hospital Dr. José Maria de Morais. Eles apresentavam ferimentos sem gravidade. A jovem estava com uma fratura em um dos dedos da mão esquerda, não sabendo precisar se foi em decorrência de um dos tiros ou da batida do carro.

A perícia da Polícia Civil realizou os trabalhos na cena do crime e avaliou que Mateus foi atingido várias vezes pelos tiros, 13 marcas de entradas e saída dos projéteis. No local, populares recolheram cinco estojos deflagrados de calibre 380. Um dos disparos foi à queima-roupa no rosto do jovem, abaixo do olho esquerdo, além de outros que acertaram o tórax, ombro e costas, todo na parte esquerda do corpo.

Celular havia a negociação da venda de munição
Após ela ficar mais calma, a jovem relatou que o namorado havia conversado com indivíduos por meio do whastapp e daí surgiu a marcação do encontro no Sylvio Pereira II. Os policiais tiveram acesso ao celular da vítima descobrindo que o jovem estava vendendo munição de calibre 9 mm. Mateus havia combinado o valor de R$ 700 pela caixa da munição com dois contatos de sua lista.

Os policiais conseguiram levantar os nomes destes suspeitos que negociavam a compra da munição, um jovem de 19 anos e outro de 17 anos, que estão sendo procurados. Os policiais foram até a casa de Mateus encontrando em seu quarto oito cartuchos para arma semiautomática de calibre não identificado e ainda uma lanterna para ser acoplada em arma de fogo. Os objetos apreendidos da vítima foram entregues na delegacia de Polícia Civil.
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Comentários

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Arthur

30 de julho, 2019 | 13:19

“E ainda colocou em risco a vida do filho levando ele junto pra fazer a entrega...”

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