
23 de julho, de 2019 | 09:35
Sepultado corpo de Maurício Guerra, um dos pioneiros em Ipatinga
Comerciante, cidadão honorário de Ipatinga e dirigente empresarial, tinha 91 anos, já era viúvo e deixa oito filhos, 16 netos e 8 bisnetos
Alex Ferreira / Arquivo DA
Maurício Guerra estava com a saúde bastante debilitada e há alguns dias estava hospitalizado
Atualizada às 18:00
Foi sepultado na tarde desta terça-feira (23), no cemitério de Nova Era, o corpo do comerciante Maurício de Andrade Guerra. O velório ocorreu na capela da Funerária Nova Aliança, na avenida Londrina, no bairro Veneza II, em Ipatinga. Depois, o corpo foi levado para Nova Era.
Maurício Guerra já estava com a saúde bastante debilitada e há alguns internado no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, quando morreu na madrugada de terça-feira (23). Conforme amigos próximos à família, o pioneiro, que já era viúvo, deixa oito filhos, 16 netos e 8 bisnetos.
O empresário participou ativamente do crescimento da cidade, especialmente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi). No exercício da presidência da associação, entre os anos 1981 e 1983, comandou momentos importantes que ajudaram a consolidar a entidade no município e em todo o estado de Minas Gerais, além de ter sugerido a criação da bandeira da Aciapi.
Histórico
Maurício Guerra nasceu na antiga São José da Lagoa, hoje município de Nova Era. Ainda jovem, veio com os irmãos para o município de Naque, onde iniciou as atividades empresariais comprando e vendendo gado.
Casou-se com Maria Aparecida, com quem teve quatro filhas e quatro filhos, que hoje atuam em diferentes atividades profissionais, seja em empreendimentos próprios ou familiares. Atuou também pioneiramente no setor de extração e comercialização de areia para a construção civil, postos de combustíveis e hotéis, entre eles o Independência, localizado à margem da BR-381, no bairro Veneza.
Integrou os quadros do Rotary e Lions Clube. Em nome da sua identidade com Ipatinga, Maurício Guerra sempre participou com muita determinação de movimentos no sentido de fortalecer a estrutura da cidade visando à prestação de serviços à comunidade.
Homenagens oficiais
Por essa dedicação e a maneira cortês como tratava todas as pessoas, Maurício Guerra sempre foi alvo de homenagens oficiais, entre elas a concessão da Cidadania Honorária e outras demonstrações de reconhecimento de autoridades e entidades pelo papel marcante que desempenhou no crescimento da cidade e no fortalecimento das instituições.
Orgulho
Conhecido por sua modéstia e simplicidade, Maurício Guerra tinha orgulho em ser chamado de associado, por acreditar que somente com a união da classe é que a Aciapi se tornaria respeitada. Ele participava das reuniões e eventos da entidade, mesmo com o peso dos anos. No começo foi muito difícil, até que surgiu o primeiro grupo que formatou essa iniciativa, e por isso acho que os pioneiros devem ser lembrados. Com o decorrer do tempo foram chegando novos nomes que agregaram valores”, lembrou o empresário em uma das últimas entrevistas ao Diário do Aço, por ocasião de seu aniversário, em 5 de maio de 2018.
Legado
Para o presidente da Aciapi, Cláudio Zambaldi, Maurício Guerra não era só um ex-presidente, e sim um associado e um membro efetivo que, ao longo desses anos, sempre participou assiduamente das ações da entidade. Foi um homem que trouxe para a Aciapi pontos importantes, onde conseguiu consolidar grandes ações em prol da cidade e do empresário. Tivemos uma perda significativa, mas vamos seguir em frente, lembrando do legado extraordinário que Maurício deixou e que servirá de exemplo para todos nós”, pontuou.
Já publicado:
Legado de Maurício Guerra no associativismo
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