22 de julho, de 2019 | 15:50

Precisa atacar

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O Cruzeiro terá outra grande decisão hoje, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, desta vez contra o River Plate, atual campeão da Libertadores, que, além de ser um time forte, terá o apoio da sua fanática torcida.

Sem poder contar com Fred, vitimado por uma ‘labirintite’, o técnico Mano Menezes deverá repetir a equipe dos dois últimos jogos contra o Galo, escalando o veloz Pedro Rocha de falso nove, Marquinhos Gabriel pela esquerda, Robinho na direita e, centralizado na armação, Thiago Neves, caso este se recupere da contusão muscular que o afastou das duas últimas partidas, contra o Galo e o Bahia.

Adepto do estilo defensivo, onde em primeiro lugar está não levar gols, o técnico Mano Menezes sabe que também vai precisar atacar o River Plate, pois se o time se ficar somente lá atrás, se defendendo, periga tomar um “sapeca iaiá” que transformaria o jogo de volta no Mineirão em simples amistoso.

Time preguiça
O Galo deu mais um vexame diante da sua torcida, ao empatar em 2 x 2 com o modesto Fortaleza, depois de estar vencendo por 2 x 0 no primeiro tempo, desperdiçando a chance de colar nos líderes do Brasileirão.
A torcida alvinegra, que aplaudiu o time após a eliminação pelo Cruzeiro na Copa do Brasil, desta vez vaiou e pegou no pé de alguns jogadores, sobretudo os veteranos como Luan, que, como os demais, teve uma atuação abaixo da crítica.

Com razão, nas redes sociais, os torcedores cobram da diretoria a contratação de reforços com mais qualidade, além de haver um consenso quanto à necessidade de exigir uma mudança de postura do atual elenco, que oscila entre ser preguiçoso e displicente, até certo ponto irresponsável, como ocorreu neste empate com o Fortaleza, demonstrando outras vezes muita entrega e luta, como foi na vitória de 2 x 0 sobre o Cruzeiro.

De maneira respeitosa, porém, bastante assertiva, deve haver, sim, mais cobranças em cima da diretoria e dos jogadores, alguns deles se valendo hoje exclusivamente do passado e com o prazo de validade vencido. Com os salários de alguns medalhões, somados ao que gasta por mês com alguns pernas-de-pau do tipo Natan, Terans, Zé Welison, Carlos César, Vinicius, Denílson e Hulk, entre outros, dois ou três jogadores de qualidade poderiam ser contratados para formar um time mais competitivo.

FIM DE PAPO
• Após este empate, e com a derrota do Palmeiras e o empate entre Corinthians e Flamengo, o Galo perdeu uma grande oportunidade para colar no topo da tabela, permanecendo em 4º lugar, com 20 pontos. A 11ª rodada do Brasileirão teve o Santos como destaque, vencendo o Botafogo por 1 x 0, fora de casa, e que divide agora a liderança com o Palmeiras, ambos com 26 pontos ganhos. O Peixe, com muito menos investimento, joga sem medo de atacar graças ao trabalho diferenciado do argentino Jorge Sampaoli. A dúvida é se ele terá elenco para suportar a maratona de 38 rodadas, mesmo tendo apenas o Brasileirão para disputar.

• A labirintite, que tirou o artilheiro Fred do jogo de hoje contra o River Plate, é considerada uma doença comum em idosos, geralmente acima dos 50 anos. Por isso a estranheza do fato de Fred, um atleta de alto rendimento, com 35 anos de idade, ter acusado a enfermidade. Seus principais sintomas são vertigens, tonteiras e outros efeitos desagradáveis no corpo. Segundo o médico Dráuzio Varela, com tratamento adequado é possível ficar completamente curado da doença, que pode se manifestar em razão de vícios como o álcool e o fumo, mas também estresse e ansiedade excessiva.

• As delegações de Palmeiras e Cruzeiro passaram um grande susto na chegada à Argentina, onde jogam hoje pela Libertadores. O avião que levou o Cruzeiro enfrentou muita turbulência na chegada a Buenos Aires, mas foi o time paulista que passou um sufoco maior, na madrugada de domingo, devido ao mau tempo em Mendoza, onde joga logo mais contra o Godoy Cruz. Vários membros da delegação chegaram a passar mal, depois que o piloto do avião fretado pelo clube precisou arremeter a aeronave duas vezes, sem conseguir o pouso. A alternativa de segurança foi mudar a rota para Rosário, que fica a 580 quilômetros de distância do destino anteriormente planejado.

• "Tenho de provar que sou um trabalhador correto e fazer com que os técnicos que estão aqui há mais tempo me aceitem. É uma luta". O autor desta frase é o técnico argentino Jorge Sampaoli, que acaba de colocar o time do Santos na liderança do Brasileirão, mas continua tendo o seu trabalho questionado e sendo alvo de críticas, por parte de alguns treinadores brasileiros. Tudo não passa de inveja, xenofobia e corporativismo, ingredientes comuns, sobretudo, em ambientes onde a meritocracia vale menos do que deveria. (Fecha o pano!)
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