22 de julho, de 2019 | 09:27

Caminhoneiros suspendem bloqueio em Ipatinga

Veículos de carga foram parados no bairro Horto, entrada de Ipatinga, quando anunciaram que era o começo de nova greve; movimento foi suspendo às 10h

Com atualização às 10h35
Organizados em grupos de Whatsapp, caminhoneiros divulgaram no fim de semana pontos de bloqueio de nova greve. O que parecia ser apenas mais uma onda de boatos, concretizou-se nessa segunda-feira, com o bloqueio de caminhões na BR-381, no bairro Horto, entrada de Ipatinga, por volta de 7h.

Entretanto, por volta de 10h, o bloqueio foi suspenso e os caminhões voltaram a circular, conforme constatou a reportagem do Diário do Aço, no local da manifestação.

Na preparação da greve, na noite de domingo, caminhoneiros divulgaram em grupos de Whatsapp pontos que poderiam ser bloqueados nas estradas nesse dia 22 de julho.

A categoria ainda não tem consenso em torno da paralisação, mas se espalha entre os caminhoneiros a insatisfação com a tabela do frete divulgada na quinta-feira (18) pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e que entrou em vigor no fim de semana.

A categoria ficou insatisfeita com o tabelamento do frete e reclama que houve perdas consideráveis nos valores que eles vão receber nos contratos para transporte de mercadorias.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse em mensagem enviada aos caminhoneiros que o governo vai revogar a tabela de fretes. Freitas afirma aos profissionais que o governo também comete erros e afirma que a suspensão da tabela ocorrerá a partir desta segunda-feira.

"A ideia é reavaliar a tabela. Mas nós somos humanos, temos nossos limites, a gente erra também", disse Freitas na noite deste domingo (21) a um autônomo. "A ideia é fazer uma revogação aí, para que a gente possa voltar a conversar num ambiente de tranquilidade para construir uma solução", concluiu o ministro.

Origem do desentendimento

A tabela de frete foi criada no ano passado, pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria.

Em entrevista à imprensa de São Paulo, na tarde de segunda-feira, um dos líderes da paralisação, em 2018, o caminhoneiro Wanderlei Alvez, o Dedeco, explicou que a resolução da ANTT só considera para o cálculo do piso do frete os custos do transporte e não inclui a remuneração do caminhoneiro.

"Não existe remuneração. Existe um campo para colocar qual o lucro o caminhoneiro quer receber, mas o embarcador não vai pagar porque não é obrigatório", afirmou Dedeco.

Dedeco afirmou que os motoristas souberam da revogação da resolução da ANTT e espera uma solução até uma reunião agendada para quarta-feira (24), com o ministro Tarcísio Freitas.





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