18 de julho, de 2019 | 09:50
Operação apura lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores pelo prefeito e por secretário de Contagem
O material recolhido será analisado e fará parte do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) em andamento no Ministério Público
Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 17 de julho, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Polícia Civil, uma operação para arrecadar elementos de prova e dar sequência às investigações que apuram possíveis crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores, além de outros delitos, possivelmente cometidos pelo atual prefeito de Contagem e pelo secretário de Defesa Social do município.De acordo com o MPMG, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a operação Mi Casa Su Casa. Os alvos foram as residências dos investigados e seus respectivos gabinetes. O material recolhido será analisado e fará parte do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) em andamento no Ministério Público.
Ainda segundo o MPMG, há indícios de enriquecimento ilícito do prefeito e do secretário. As investigações, que começaram há cerca de um ano, apontam que o secretário de Defesa Social adquiriu um imóvel, de aproximadamente R$ 3 milhões, onde atualmente estaria residindo o prefeito. Foi apurado que, desse valor, cerca de R$1 milhão foi pago em espécie, o que representa mais um indício de práticas criminosas.
Além disso, as investigações indicam crescimentos patrimoniais incompatíveis com as funções públicas desempenhadas. O salário líquido do prefeito é de cerca de R$ 16 mil, enquanto o salário bruto do secretário giram entorno de R$15 mil.
Em coletiva de imprensa realizada nesta manhã, o procurador de Justiça Luciano França, da Procuradoria de Justiça de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, o promotor de Justiça Fabrício da Fonseca, do Grupo Especial do Patrimônio Público (Gepp), e o delegado da Polícia Civil Fernando Lima deram mais detalhes sobre as investigações.
A operação contou com a participação de um procurador de Justiça, um promotor de Justiça, dois delegados de polícia e 13 policiais civis
(MPMG)
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