15 de julho, de 2019 | 15:55

A volta

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Depois de quase um mês parado, em razão da Copa América, o Campeonato Brasileiro voltou no último fim de semana, com destaque para a goleada de 6 x 1 do Flamengo sobre o Goiás, na estreia do técnico português Jorge Jesus, no Maracanã, que recebeu mais de 60 mil torcedores.
A 10ª rodada teve ainda outro bom jogo, o clássico entre São Paulo e o líder Palmeiras, que terminou empatado, 1 x 1, com muitas chances desperdiçadas dos dois lados.

O Cruzeiro fez um jogo morno no Mineirão, 0 x 0 com o Botafogo, frustrando a sua torcida, que desejava ver o time com a mesma eficiência da goleada aplicada semana passada no maior rival, o Galo, pela Copa do Brasil, para sair de vez da zona de rebaixamento.

Já o Atlético, ainda sob o impacto da derrota para o maior rival, venceu de forma dramática a Chapecoense, fora de casa, 2 x 1 de virada, com um gol marcado no último minuto e com direito a levar gol relâmpago, aos 26 segundos do 1ª tempo, além do artilheiro Ricardo Oliveira ter desperdiçado um pênalti.

Foco na decisão
Não há como negar que Cruzeiro e Atlético entraram em campo no domingo só pensando na decisão de amanhã, no Estádio Independência, que vale seguir em busca do título na Copa do Brasil, além de uma premiação milionária de quase R$ 7 milhões para quem avançar à semifinal.

O Atlético precisa de um ‘milagre’, que seria vencer a partida por no mínimo três gols, o que levaria a decisão aos pênaltis. O técnico Rodrigo Santana poupou todos os titulares contra a ‘Chape’, decisão que foi muito criticada pela torcida nas redes sociais. De fato, os jogadores tiveram folga de dez dias e depois treinaram outros quinze, portanto, em tese, deveriam jogar mais para recuperar o ritmo.

Apesar de ter escalado o que tinha de melhor contra o Botafogo, o Cruzeiro sentiu o cansaço pelo grande esforço na partida anterior contra o Galo. A torcida celeste, na sua bipolaridade habitual, vaiou os jogadores ao final, pois queria a vitória e a saída imediata da zona de rebaixamento, um incômodo do qual o torcedor celeste quer se livrar o mais rápido.

FIM DE PAPO
• Há trinta anos, no dia 18 de outubro, o Náutico venceu o Atlético, em Recife, por 3 x 2, com um gol de Nivaldo aos oito segundos de partida, recorde que persiste até hoje no Campeonato Brasileiro. A façanha quase foi superada no último domingo pelo atacante Everaldo, da Chapecoense, que marcou um gol no Galo aos 26 segundos. O gol de Nivaldo foi feito com um chute da intermediária, e o de Everaldo em uma cabeçada de dentro da área, ambos por desatenção da defesa alvinegra.

• Os números do Atlético, sob o comando de Rodrigo Santana, não são nada animadores para o jogo decisivo de amanhã contra o Cruzeiro. Em 19 jogos com Santana dirigindo a equipe, foram nove vitórias, sendo sete delas por diferença de um gol e o mesmo placar de 2 x 1. Houve também uma vitória por 1 x 0 e uma goleada, 4 x 0 no CSA, no Independência, que o Galo precisa repetir amanhã para se classificar.

• Não acredito que Tiago Neves e Ariel Cabral fiquem de fora da decisão contra o Galo, apesar do histórico de contusões musculares do meia e de o argentino ter recebido uma pancada muito forte, que obrigou a sua substituição ainda no primeiro tempo no domingo. A continuidade da ousadia do técnico Mano Menezes, em deixar o dinossauro Fred no banco de reservas, vai depender única e exclusivamente dos próximos resultados.

• O atual diretor de futebol do Atlético, Rui Costa, deve ter vivido fortes emoções o retornar no ultimo domingo à Arena Condá, da Chapecoense, onde trabalhou logo após o acidente aéreo, em 2016. Demitido um ano e meio depois, Costa cumpriu bem a missão de formar um novo time, que após sua chegada foi campeão catarinense e se classificou para a Copa Libertadores. Numa entrevista recente ao jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, do canal Fox Sports, o atual diretor do Galo resumiu em uma frase o drama vivido pela Chapecoense: "Quando eu entrei no vestiário, havia 71 velas e dois jogadores". (Fecha o pano!)
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