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13 de julho, de 2019 | 10:22

“Sapeca” do Cruzeiro

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O Cruzeiro deu um verdadeiro “sapeca iaiá” no Galo, 3 x 0, goleada que encaminha a sua classificação para disputar mais uma semifinal na Copa do Brasil. A Raposa vai buscar o sexto título, o hexacampeonato, que seria o terceiro título seguido e que, se vier, poderá significar um alívio nas contas e também na política interna do clube, agitada pelas denúncias de irregularidades praticadas pela atual diretoria, alvo de investigações nas esferas policial e judicial.

Foram muitos os destaques na goleada histórica da última quinta-feira sobre o maior rival, no Mineirão, mas nada se compara à participação do técnico Mano Menezes, que foi fundamental para a vitória celeste.
Experiente, competente, sobretudo em torneios de “mata-mata”, Mano surpreendeu ao deixar o artilheiro Fred no banco de reservas para escalar Pedro Rocha, que, além de fazer um gol antológico e surpreendente, fez a jogada para o segundo gol de Thiago Neves, desequilibrando totalmente a partida a favor da Raposa.

Estratégia acertada
O ex-técnico Jair Pereira, que brilhou também como jogador e conquistou muitos títulos pelos principais clubes do país nos anos 1990, inclusive dirigindo o Cruzeiro, costumava dizer que “no futebol a estratégia certa é a que dá certo”.

Nada mais óbvio e verdadeiro. O que se viu nesta goleada do Cruzeiro sobre o Atlético foi, na verdade, uma estratégia muito bem montada pelo técnico cruzeirense, onde tudo o que foi planejado deu certo, quase beirando a perfeição.

Agora, depois dessa vitória que pôs fim a um incômodo jejum de nove jogos sem vencer, o objetivo será recuperar-se no Brasileirão, onde o Cruzeiro ocupa a 18ª posição com apenas oito pontos ganhos, na zona de rebaixamento.
Neste domingo, no Mineirão, os celestes recebem o Botafogo e só a vitória interessa, sabendo que a equipe carioca fez uma boa campanha até a parada para a Copa América e está em 7º lugar, com 15 pontos ganhos.

FIM DE PAPO
O Galo vai agora tentar curar as suas feridas, após a derrota acachapante para o maior rival, sob o frio cortante de Chapecó-SC, contra a Chapecoense, que precisa vencer para sair da zona de rebaixamento. Se, por um lado, o técnico da ‘Chape’, Ney Franco, está pressionado, o ambiente no Atlético mudou para pior e só uma vitória poderá melhorar as coisas. O time que entra em campo hoje é uma incógnita, mas não deve ter todos os titulares, preservados para o segundo jogo contra o Cruzeiro, no Estádio Independência, na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Quando, alguns momentos antes da bola rolar, foi divulgou-se no Mineirão a escalação do Cruzeiro, com o artilheiro Fred no banco de reservas, logo vieram algumas suspeitas, pois um site paulista chegou a noticiar um suposto processo movido pelo atacante cobrando dívidas do Cruzeiro, o que foi negado por todas as partes. Depois que a bola rolou, o que se viu foi uma estratégia muito bem montada pelo técnico do Cruzeiro, que deu o chamado ‘nó’ tático no jovem e promissor, mas ainda inexperiente Rodrigo Santana, recém-efetivado no comando do Galo.

É impressionante a falta de respeito com o Hino Nacional, em todos os estádios onde a sua execução é obrigatória por lei. No último clássico entre Cruzeiro x Atlético também foi visível esta falta de educação, com as duas torcidas entoando seus cantos de guerra e alguns jogadores, como Luan, do Galo, fazendo aquecimento e se lixando para a execução do hino, um dos principais símbolos da pátria.

A goleada sobre o rival e a classificação muita próxima para a semifinal na Copa do Brasil ajudou a devolver o otimismo aos cruzeirenses, sumido desde os maus resultados no Brasileirão e a crise interna, que ainda atormenta o clube.

Mas de tudo que já li, vi e ouvi dando como certa a classificação da Raposa, foi de um amigo cruzeirense, que reside nos Estados Unidos, a opinião mais sensata: “A vantagem é excelente, mas não se pode esquecer onde será o segundo jogo, e quem é o adversário do outro lado, que recentemente operou milagres até mais complicados. Por isso, é melhor ir com calma”. Em seu programa matinal pela Transamérica FM, o cruzeirense Cumpadre Mineirinho também costuma dizer que “é melhor ir mexendo o fubá pro angu não dar caroço”. (Fecha o pano!)
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