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12 de julho, de 2019 | 18:20

Maior plataforma logística do Sudeste incluirá o Vale do Aço

A empresa responsável pelo projeto é a Petrocity, empresa especializada em desenvolvimento de projetos, implementação e administração de terminais portuários

Wôlmer Ezequiel
José Roberto, Flaviano Gaggiato e deputado federal Enéias Reis explicaram a importância do projeto para a região José Roberto, Flaviano Gaggiato e deputado federal Enéias Reis explicaram a importância do projeto para a região

O projeto de construção da maior plataforma logística do Sudeste, que integra os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, por meio de ferrovias, tem previsão de incluir o Vale do Aço. O projeto também prevê a construção do Centro Portuário de São Mateus (CPSM), no litoral capixaba, conforme já divulgado pelo Diário do Aço. A empresa responsável pelo projeto é a Petrocity, empresa especializada em desenvolvimento de projetos, implementação e administração de terminais portuários.

Na tarde desta sexta-feira (12), antes de participar de uma reunião da Agenda de Convergência do Vale do Aço, realizada na Fiemg, o presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, concedeu entrevista à imprensa para falar acerca da decisão de incluir a região no projeto. “Estava previsto em nossos estudos para o primeiro trecho de ferrovia ocorrer entre São Mateus (ES) e Governador Valadares. Depois das conversas que tivemos com os representantes da Fiemg e com empresários, nós estamos incluindo nos estudos a região do Vale do Aço, como uma Unidade de Transbordo e Armazenamento de Cargas (Utac), estendendo mais 100 quilômetros, ainda na primeira fase do projeto, que poderá chegar até Sete Lagoas”, afirmou.

Conforme o José Roberto, a Fiemg irá disponibilizar, por meio das empresas, os dados necessários para que seja inserida a região dentro do estudo de viabilidade econômico-financeira. “Assim que for indicado de forma positiva nos estudos, vamos inserir no material, que ainda se encontra em fase de análise no Ministério de Infraestrutura, os dados necessários e estenderemos essa ferrovia até o Vale do Aço”.

Cronograma

O presidente da Petrocity também informou que no cronograma de obras, que envolve porto, ferrovia e Utac, está previsto o início dos trabalhos em 2020. “Nós estamos adotando as tratativas necessárias junto às instituições públicas. Nosso cronograma é concluir o porto até 2023. E avançado efetivamente com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e com o Ministério de Infraestrutura, ao que se refere à ferrovia, iniciaremos a construção até 2022, com o objetivo de concluir a primeira fase, na qual poderá está inserida Ipatinga, até 2025”, destacou.

Investimento

Para essas obras, José Roberto afirmou que estão previstos investimentos de R$ 6,5 bilhões na ferrovia, R$ 3,5 bilhões no porto e cerca de R$ 70 milhões por unidade de transbordo. “Estamos buscando uma rodovia moderna, de bitola larga com 1,6 metro, com equipamentos de ponta, utilizando inclusive energia híbrida. Ou seja, será uma energia com apelo sustentável e de forma moderna”, observou.

Geração de emprego

Com esse projeto de integração logística, o presidente da Petrocity estima que serão gerados 4,5 mil empregos na operação entre as Utac’s e ferrovias, além de 3 mil empregos dentro do porto. “Então teremos no total, 7,5 mil empregos diretos”, acrescentou.

Passageiros

Em relação ao transporte de passageiros, José Roberto explica que não consta esse tipo de serviço. “O nosso objetivo hoje é o estudo de cargas, em momento algum levamos essa questão do estudo de transporte de passageiros, mas isso não impede que no futuro seja analisado”, ponderou.

Problemas de logística

Conforme o presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Flaviano Gaggiato, como a região enfrenta problemas de logística, com a falta de alternativas de transportes, a construção de uma Utac em Ipatinga permitirá que as empresas do Vale do Aço possam tanto importar quanto exportar produtos. “Temos uma grande parte da capacidade das empresas que é subutilizada em função do frete que encarece nossas vendas. Então essa é uma alternativa bastante interessante por conta de ser uma ferrovia moderna, com trens maiores e com alta velocidade. Então com certeza os custos serão bem menores para nós, o que irá alancar o crescimento das empresas na região”, explicou o representante.

Apoio político

A inclusão do Vale do Aço nesse projeto logístico contou com o apoio do deputado federal Enéias Reis (PSL), que promoveu encontros com representantes da Petrocity e com empresários da região. “Quando fiquei sabendo desse investimento da Petrocity, o traçado da linha férrea não passava pelo Vale do Aço, iria de Governador Valadares a Santa Maria de Itabira. Então eu conversei com a direção da empresa, mostrei o potencial que nós tínhamos na região e a necessidade de ter um novo modal de transporte. Eles se interessaram pelo Vale do Aço e agora estamos em vias de ter uma linha férrea, com uma Utac na região, que irá movimentar toda nossa economia”, pontuou.


(Tiago Araújo - Repórter)
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Comentários

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Barrabas

12 de julho, 2019 | 19:25

“O dificil e esta obra sair que eu nao acredito.obra de pequeno porto e uma novela nunca comeca e quando comeca para. e mais uma forma de enganar o povo do vale aco.esta obra nao passa deste bla bla senhores politicos.de blabla o povo ta farto.”

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