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01 de julho, de 2019 | 13:35

Muita cautela

Fernando Rocha*

Todas as atenções do torcedor estarão voltadas hoje para a capital mineira e o Estádio Mineirão, onde a seleção brasileira vai enfrentar a Argentina, o maior rival no futebol do continente, no mesmo palco onde, há anos, protagonizou o maior vexame da história do nosso futebol, a derrota de 7 x 1 para os alemães na Copa do Mundo.
O Brasil tenta obter o nono título da Copa América, uma competição que já viveu melhores dias, mas hoje se acha meio desvalorizada, em razão da má qualidade técnica do futebol apresentado pelas equipes.

Para seguir sonhando com o título, a seleção comandada por Tite e sem o nosso único craque, Neymar, terá de ganhar da Argentina, além de, no próximo domingo, derrotar o Chile ou o Peru, que amanhã, na Arena Grêmio, vão decidir quem vai à finalíssima, fazendo crer que a missão mais complicada será esta de logo mais no Mineirão, contra os “hermanos”.

Mesmo não tendo ainda brilhado nesta Copa América, o melhor jogador do futebol mundial, Lionel Messi, precisa de cuidados especiais da nossa defesa, que ainda não foi vazada na competição.

Os argentinos também contam com outros dois bons atacantes, Sergio Agüero, maior artilheiro da história do Manchester City, além de Lautaro Martínez, jovem revelação que já brilha na Inter de Milão.
Apesar da má campanha na fase de grupos, os hermanos mostraram que estão vivos na vitória de 2 x 0 sobre a Venezuela, tornando-se a única seleção vencedora nas quartas de final.

No lucro

Se nós temos motivos para nos preocupar, os argentinos também têm, pois mesmo sem Neymar, a seleção tem Éverton ‘Cebolinha’ em grande fase, além de Firmino, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho, todos bons atacantes e acostumados a grandes jogos por suas equipes na Europa.

Em relação aos cuidados com a marcação de Messi, um fator positivo para a nossa seleção será a volta do volante Casemiro ao time titular, depois de cumprir suspensão automática por cartões contra o Paraguai.

Casemiro joga no Real Madrid e sabe muito bem como marcar “La Pulga”, o astro do Barcelona, que ainda não brilhou nesta Copa América, mas pode de uma hora para outra fazer uma grande atuação.

Toda a responsabilidade de vencer hoje é do Brasil, por jogar em casa e ter uma equipe de melhor qualidade técnica, mas a Argentina, que esteve ameaçada de voltar para casa mais cedo, pode surpreender.

FIM DE PAPO

• Quem lê esta coluna ou nos acompanha diariamente pela Rádio Vanguarda sabe da nossa defesa intransigente pela implantação do VAR (árbitro de vídeo) no futebol brasileiro, por entender que a utilização dos recursos tecnológicos poderia agregar mais credibilidade e diminuir a níveis satisfatórios as injustiças que ocorrem numa partida de futebol, em razão da sua enorme complexidade.


• Mas, como tudo na vida, o futebol também é mutante, transitório, o que nos faz acreditar na necessidade de alguns ajustes nas suas regras, para que o VAR não se torne, em alguns casos específicos, um dificultador, ao invés de facilitador. O jornalista Juca Kfouri levantou a questão no seu blog, depois do gol anulado do Chile no jogo com a Colômbia, após o VAR flagrar o atacante chileno “meio pé” à frente do penúltimo defensor colombiano.

• Compartilho a mesma opinião de Kfouri, que entende ser necessário mudar a lei do impedimento, cuja finalidade é não deixar que um jogador leve vantagem ao se colocar à frente do adversário no momento do passe, ou, como se diz popularmente, ficar na ‘banheira’. Anulações de gols por “meio pé” ou “meio braço”, “meia cabeça” etc, têm acontecido com frequência em todas as competições pelo mundo afora, o que acaba prejudicando o espetáculo. É inadmissível supor que alguém fique propositalmente em impedimento nessa distância irrisória. Para sanar o problema, a FIFA poderia criar um limite mínimo de distância, a ser permitido do jogador para o penúltimo adversário.

• Acho, sim, que é preciso fazer alguma coisa neste caso do impedimento, estabelecendo, por exemplo, que estar uns 20, 30 ou 40 centímetros adiantado não seria mais considerada infração, o que iria melhorar em muito o conceito do VAR, que é de fazer justiça no futebol. Outro ajuste que precisa ser feito é com relação ao tempo gasto na checagem dos lances, que tem passado dos limites e trazido muita chatice ao jogo. Neste caso, penso que a tendência será melhorar na medida em que os sopradores de apito forem se familiarizando com os recursos tecnológicos e as novas regras. (Fecha o pano!)
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