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26 de junho, de 2019 | 09:30

Bolsonaro determina colaboração da Defesa para apurar uso de avião da FAB para transportar cocaína

Polícia espanhola apreendeu 39 quilos de cocaína em um avião da FAB integrado à comitiva do presidente Jair Bolsonaro

Agência FAB
Droga foi encontrada em um dos aviões Embraer, da FAB, que transportam autoridades que ajudam em comitivas presidenciaisDroga foi encontrada em um dos aviões Embraer, da FAB, que transportam autoridades que ajudam em comitivas presidenciais

A Guarda Civil espanhola deteve nesta terça-feira no aeroporto de Sevilha um militar brasileiro que havia transportado 39 quilos de cocaína em um avião da FAB integrado à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, segundo confirmaram fontes da corporação policial ao jornal El País.

A prisão ocorreu durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Tóquio, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O ministério brasileiro de Defesa emitiu nota confirmando a detenção do militar por tráfico de entorpecentes, e Bolsonaro também escreveu um tuíte sobre o fato.

Fontes da Guarda Civil disseram que a detecção da droga e a posterior detenção do militar ocorreram quando os membros da tripulação e suas bagagens passaram pelo controle alfandegário obrigatório após a chegada a Sevilha. O militar foi levado para o comando da Guarda Civil na capital andaluza, e na quinta-feira passará à disposição judicial para responder por crime contra a saúde pública.

O militar preso foi identificado como o segundo-sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos. Ele acompanha viagens internacionais de presidentes desde 2017. Já tinha embarcado com Dilma Rousssef, Michel Temer e Bolsonaro. Os 39 quilos de cocaína foram encontrados em sua bagagem pessoal, quando passou pelo controle do aeroporto de Sevilha, logo após o desembarque em um avião da FAB, que integrava a comitiva que presta assistência ao presidente Bolsonaro, em viagem para a cidade de Osaka, no Japão, onde participa do encontro anual do G-20, na sexta-feira (28) e sábado.

O Ministério da Defesa disse em seu comunicado que “repudia” os atos do militar e que colaborará com as autoridades espanholas na investigação. No Twitter, Bolsonaro disse que pediu ao ministro da Defesa que preste “imediata colaboração” à polícia espanhola.

Após o incidente em Sevilha, a Presidência alterou a rota da viagem de Bolsonaro a Tóquio, segundo o portal UOL. Após decolar de Brasília, Bolsonaro fará escala em Lisboa em vez de Sevilha, segundo constava na sua agenda no final da noite de terça. O gabinete de imprensa do presidente não explicou o motivo da mudança.

Não é a primeira vez que membros da FAB usam sua condição de militares para traficar drogas. Em abril, o Tribunal Superior Militar decretou a expulsão da corporação de um comandante pelo transporte de 33 quilos de cocaína numa aeronave militar que se dirigia à França com escala nas ilhas Canárias. Outros dois colegas do comandante já tinham perdido o posto por sua participação no caso, ocorrido em 1999. O comandante foi condenado a 16 anos da prisão por integrar “uma rede especializada no tráfico internacional de cocaína” com a ajuda de aviões da FAB. ( Com agências)

Reprodução Twitter
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