02 de junho, de 2019 | 00:01

Duas idosas, moradoras do Vale do Aço, continuam desaparecidas

Seus parentes não têm pistas acerca do paradeiro delas até hoje.

O misterioso desaparecimento de duas idosas da região ainda não tem resposta. Nelsina Gregório, de 82 anos, moradora de Naque, e Nídia Melquíades da Silva, de 62 anos, moradora do distrito de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura), em Belo Oriente, desapareceram no início do ano e seus parentes não têm pistas acerca do paradeiro delas até hoje.
Nelsina Gregório, de 82 anos, não foi mais vista após o dia 3 de fevereiro desse ano  Nelsina Gregório, de 82 anos, não foi mais vista após o dia 3 de fevereiro desse ano

Em entrevista ao Diário do Aço, nesta sexta-feira (31), o enteado de Nelsina Gregório, Paulo Rosa, relatou o sofrimento que é para família viver nessa situação e que aguarda os trabalhos de investigação da Polícia Civil. “Ainda estamos sem resposta acerca do paradeiro da minha madrasta e até agora não apareceram novas pistas. Só nos restam esperar as investigações. Então a família se sente impotente diante dessa situação, mas tudo que podíamos fazer, nós fizemos. Divulgamos o caso nas mídias sociais, acionamos a polícia, chamamos a imprensa, procuramos por pistas e dentre outras ações. Agora, infelizmente, temos que apenas aguardar”, contou.

Falha nas lembranças

Conforme Paulo Rosa, como seu pai, marido de Nelsina, sofre do Mal de Alzheimer e faz tempo que ele não a vê, o idoso tem dificuldade de se lembrar de Nelsina. “Eu costumo mostrar foto dela e contar lembranças da minha madrasta para ele, mas meu pai não consegue se lembrar dela direito. E depois do desaparecimento de Nelsina, meu pai passou a morar comigo também”, afirmou.

Dia do desaparecimento

Conforme noticiado pelo Diário do Aço, Nelsina, moradora de Naque, foi considerada desaparecida no dia 3 de fevereiro, quando seu enteado Paulo Rosa foi até a casa da idosa e não a encontrou. Nelsina tem Mal de Alzheimer e mora sozinha com seu marido, que também sofre com a mesma doença, porém, em um estágio menos avançado.

Em entrevista ao Diário do Aço, na época do desaparecimento, o enteado da idosa explicou que a casa de seu pai e de sua madrasta costumava ficar com as portas trancadas durante a noite, tanto a parte interna quanto externa, sendo que apenas a família e a cuidadora dos idosos tinham acesso às chaves. "No dia 3 de fevereiro, fui a casa deles de manhã para ver se precisavam de alguma coisa, já que a cuidadora não estaria lá. Quando cheguei, meu pai contou que minha madrasta não estava na residência. Ele já tinha procurado debaixo da cama e em todos os cômodos, mas ela havia sumido. Meu pai também falou que não escutou barulhos durante a noite", informou Paulo Rosa.

Única saída

Como a porta da casa e o portão estavam trancados, Paulo contou que o único jeito de Nelsina ter saído da residência era pela janela do quarto deles, que costuma ficar aberta. Entretanto, ele ressaltou que não é possível a idosa pular a janela, já que ela tem um problema no joelho e tem dificuldade até para andar.

Outro mistério
Divulgação
Nídia Melquíades, de 62 anos, está desaparecida desde o dia 28 de fevereiro desse anoNídia Melquíades, de 62 anos, está desaparecida desde o dia 28 de fevereiro desse ano

A idosa Nídia Melquíades da Silva, de 62 anos, também continua desaparecida. Ela é moradora do distrito de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura), em Belo Oriente. Conforme a irmã da idosa, Andreia Melquíades Ramos Martins, não apareceram pistas do paradeiro de Nídia até esta sexta-feira (31). “Não temos notícias da minha irmã há um bom tempo. Estamos esperando as investigações. É muito difícil de viver nessa situação, sem ter resposta da minha irmã. Mas o que me deixa muito triste é que chega muita informação falsa, de pessoas agindo com maldade. É muito sofrimento para a família”, salientou.

Conforme já divulgado pelo Diário do Aço, a última vez que Nídia foi vista foi indo para a casa de um vizinho, no dia 28 de fevereiro desse ano. Na época, a filha da desaparecida, Katiuscia Macedo, informou que Nídia apresenta falhas na memória e faz uso abusivo de bebidas alcóolicas. A idosa já foi procurada nos hospitais da região e no Instituto Médico-Legal, contudo, o paradeiro da mulher ainda é incerto.

No momento do desaparecimento, a mulher trajava uma blusa verde e saia bege.

A equipe de reportagem do Diário do Aço tentou entrar em contato com o delegado responsável pela Delegacia da Polícia Civil de Belo Oriente, porém, foi informada de que o titular está férias e que não havia um substituto para falar acerca das investigações do desaparecimento das idosas.

As pessoas que tiverem alguma informação acerca do paradeiro de Nelsina e Nídia podem entrar em contato pelo número de telefone 181, 197 ou (31) 3240-1135.

(Tiago Araújo - Repórter)
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Comentários

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Fatima

03 de junho, 2019 | 12:01

“Hj faz 4 meses que minha madastra está desaparecida, e ñ sabemos sobre o seu paradeiro e sofremos muito sem nenhuma notícia sua.?”

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