28 de maio, de 2019 | 02:34

Massacre nos presídios do Amazonas: 57 mortos

Uma equipe de peritos do Instituto Médico Legal (IML) foi deslocada para o local

Dois anos e meio após a chacina que deixou 46 presos assassinatos, em janeiro de 2017, o Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, voltou a ser palco de novo massacreDois anos e meio após a chacina que deixou 46 presos assassinatos, em janeiro de 2017, o Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, voltou a ser palco de novo massacre

O governo do Amazonas informou que foram encontrados, nesta segunda-feira (27), mais 42 detentos mortos no interior de presídios no estado,que somados aos 15 de domingo elevam o número para 57. De acordo com a secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), as mortes ocorreram no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), todos localizados em Manaus (AM). Os corpos apresentavam indícios de morte por asfixia.

O governo do Amazonas informou nessa terça-feira que todos os mandantes do massacre já foram identificados. O governador,Wilson Miranda Lima (PSC) que pediu apoio do governo federal, também informou que as forças de segurança já reviraram as unidades e separaram 200 presos ameaçados de morte por uma facção criminosa. A motivação do massacre está relacionada à uma disputa interna de grupos de criminosos.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que enviará uma Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuar no complexo penitenciário. Segundo o comunicado da pasta, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) aguarda a formalização do pedido, mas já está tomando as providências para o deslocamento da equipe. O governo do Amazonas informou que já oficializou a solicitação de atuação de uma equipe de intervenção prisional para o estado.
Tropas entram em presídio, em Manaus.Tropas entram em presídio, em Manaus.

Mortes

Em nota divulgada no domingo (26), a Seap informou que as mortes ocorreram durante uma “briga entre presos” dos pavilhões 3 e 5, e que, após o acionamento do Batalhão de Choque da Polícia Militar, a situação no Compaj estava sob controle. Nenhuma fuga foi registrada e nenhum agente penitenciário foi ferido durante o tumulto de ontem. A briga começou durante o horário de visitação.

Segundo governo do estado, a Seap iniciou investigações para identificar os responsáveis pela ocorrência de domingo e que tiveram desdobramentos na segunda-feira, com a descoberta de mais mortes. As mesmas medidas serão tomadas em relação às mortes registradas nesta segunda-feira. Os resultados destas apurações serão encaminhados à Justiça. A secretaria também vai adotar medidas disciplinares nos presídios, a exemplo do que fez no Compaj. O Ministério da Justiça informou que alguns presos serão transferidos para penitenciárias federais. (Da Agência Brasil Brasília)
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