11 de maio, de 2019 | 10:10

Tudo ruim

Fernando Rocha

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Fernando RochaFernando Rocha
Na coletiva pós–jogo, após a derrota de 2 x 1, em casa, para o Emelec, pela Libertadores, o técnico Mano Menezes foi enfático ao dizer que “é preciso tirar lições dessa derrota para que ela não se repita”.
Vida que segue, hoje o time tem outro desafio mais difícil ainda, pelo Brasileirão, contra o também classificado para as oitavas da maior competição continental, o Internacional, no Beira-Rio.

Alguns jogadores saíram desgastados após a derrota na última quarta-feira: o goleiro Fábio, que ainda tem muito crédito com a torcida, pois já havia falhado na derrota para o Flamengo, pelo Brasileirão, tomou um gol defensável, no mínimo estranho para um grande goleiro como ele, pois a bola bateu no travessão e depois nas suas costas antes de entrar no gol; e o estabanado Edílson, que cometeu o pênalti infantil aos 40 do 2º tempo, que causou a derrota e mereceu as maiores críticas da torcida.

O futebol de resultados, sem tanto brilho, mas que vem dando certo até então com o técnico Mano Menezes, por conta da conquista de alguns títulos importantes, de novo está sendo posto à prova, e a sequência na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão vai ditar o futuro.

Mais motivado
A classificação para disputar a segunda fase da Copa Sul Americana, obtida com um time alternativo na Venezuela, deu mais tranquilidade e confiança ao Atlético, que hoje vai passar por uma prova de fogo contra o atual campeão e vice-líder do Brasileirão, o Palmeiras, considerado o time que mais investe e que por isso com o melhor elenco do país. Depois de vencer nas três primeiras rodadas, jogando contra adversários de médio ou pequeno porte, o Galo é líder isolado do Brasileirão.

Se vencer o Palmeiras vai editar um conhecido provérbio árabe que diz: “Cavalo ganhou uma vez, sorte; ganhou duas vezes, olho nele; ganhou três vezes, aposte nele”. Mas, se perder, a velha sabedoria árabe tem outro bom conselho a dar: “Com a mentira se consegue o almoço, mas não o jantar”.

FIM DE PAPO
Foi patética a participação do ex-técnico do Atlético, Levir Culpi, no programa ‘Bem Amigos’ do SporTV, apresentado por Galvão Bueno, na última segunda-feira (6). Um dos piores defeitos do ser humano é a inveja, o orgulho, ainda mais quando vem acompanhados de xenofobismo, como foi o caso de Levir em suas críticas e ironias, destiladas contra a diretoria do Atlético, que o demitiu por ter sido incompetente no trabalho, além de tentar denegrir o excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelo técnico do Santos, o argentino Jorge Sampaoli.

Levir Culpi ficou milionário em mais de 30 anos no ofício de treinador, comandando algumas das principais equipes do futebol nacional e do Japão, embora tenha conquistado poucos títulos, apenas duas Copas do Brasil pelo Cruzeiro e Atlético, além de alguns desprestigiados estaduais. Quem assistiu sua desastrada entrevista não teve mais nenhuma dúvida sobre quem era o culpado pelo fraco futebol do Atlético, um autêntico time baba de quiabo, que mudou literalmente após sua demissão e a entrada de Rodrigo Santana, apesar de ser inexperiente.

Ainda sobre o programa ‘Bem Amigos’, explico que voltei a assistir depois de muito tempo e me arrependi. Quero ressaltar que admiro e tenho grande respeito pelo profissional Galvão Bueno, o maior narrador da TV brasileira há décadas, mas não consigo entender os critérios para a manutenção de Muricy Ramalho no elenco do programa. Além de não saber falar a nossa língua pátria, Muricy consegue transmitir mal humor até quando quer ser simpático. Quando era treinador, ele sempre tratou a imprensa com desdém e falta de educação. Agora dá uma de cronista esportivo, ocupando o lugar de muita gente que é do ramo, que está desempregada e merecia uma oportunidade.

O mata-mata da Libertadores só vai começar em julho, após a Copa América. No entanto, o que não tem faltado são as justificativas dos técnicos das nossas principais equipes, os chavões e explicações esdrúxulas para justificar derrotas e as escalações de times reservas. Eles descem a lenha no cansaço, no calendário, na falta de entrosamento que isto causa, por conta das várias mudanças no time. De uma maneira geral, nossos técnicos utilizam essas válvulas de escape para justificar a própria incompetência e com isso desmoralizam o campeonato mais importante do país.

Repercute na mídia nacional uma entrevista ao canal Fox Sports concedida pelo lateral Rafinha, que já foi pretendido pelo Cruzeiro e deve ir para o Flamengo no segundo semestre. O jogador relembrou o período em que foi comandado por Pep Guardiola no Bayern de Munique e revelou que o técnico exibia jogos de times brasileiros, como Atlético, Cruzeiro e até da Seleção, “como exemplo do que não fazer”.

Nosso atraso é evidente, não só por razões econômicas, que fazem nossos principais talentos irem embora cada vez mais cedo para o exterior, mas pela incompetência dos nossos treinadores, para quem os fins ou o futebol feio justificam os meios, cuja régua de medição é a pura e simples conquista de títulos. (Fecha o pano!)
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