10 de maio, de 2019 | 07:32

TJRJ mantém condenação de Bolsonaro por resposta a Preta Gil e falas ao CQC

Presidente foi condenado a pagar 150 mil reais por danos morais ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD), do Ministério da Justiça

Reprodução CQC: Bolsonaro respondeu pergunta da cantora Preta Gil no programa de TV em 2011 Reprodução CQC: Bolsonaro respondeu pergunta da cantora Preta Gil no programa de TV em 2011

Por três votos a um, desembargadores da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiram manter a condenação do presidente Jair Bolsonaro por declarações emitidas em 2011, em entrevista ao extinto programa CQC, então exibido pela TV Bandeirantes.

Ele foi condenado a pagar 150 mil reais por danos morais ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD), do Ministério da Justiça. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.
Em 2011, perguntado pelo programa sobre como reagiria se tivesse um filho gay, Bolsonaro disse que isso não aconteceria pois eles tiveram “uma boa educação”.

No mesmo quadro, questionado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se um de seus filhos se apaixonasse por uma mulher negra, o então deputado Jair Bolsonaro respondeu: “eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o seu”. Ele também afirmou que não viajaria em um avião pilotado por um cotista.

Após condenação em primeira instância na Justiça do Rio, o presidente ingressou com um recurso. Nesta quinta-feira 9, porém, a maioria dos desembargadores votou por manter a decisão.

A ação civil pública foi ajuizada pelo Grupo Diversidade Niterói, Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo Arco-Íris de Conscientização. Bolsonaro ainda pode recorrer a tribunais superiores para reverter o caso.

O episódio que envolve o caso em que o então deputado fala da questão dos negros, ocorreu na época em que o parlamentar fazia declarações polêmicas acerca de temas morais. Tratado como uma piada em alguns programas humorísticos da TV brasileira, e com tais declarações disseminadas por mídias sociais, era comum o compartilhamento das polêmicas associando sempre a hastag #mitou.

Daí surgiu o “mito”, circunstância que associadas a outros fatores, como as denuncias de corrupção no governo, o tiraram do anonimato do baixo clero da Câmara dos Deputados para projetar Jair Bolsonaro com antítese do Partido dos Trabalhadores e a onda do “Politicamente Correto”. Veja, abaixo trecho das declarações de Bolsonaro ao ‘CQC’:


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