EXPO USIPA 2024 02 - 728X90

08 de maio, de 2019 | 06:25

Ação do MP afasta seis vereadores de Nova Serrana

Seis dos 13 vereadores da cidade são investigados por crimes de peculato e falsidade ideológica; presidente da Câmara tentou se livrar de dinheiro, jogando notas pela janela

Ao se ver cercado, presidente da  Câmara tentou se livrar de dinheiro jogando cédulas pela janela; foram recuperados R$ 3 milAo se ver cercado, presidente da Câmara tentou se livrar de dinheiro jogando cédulas pela janela; foram recuperados R$ 3 mil

Investigados pela suspeita de terem cometido crimes de peculato e falsidade ideológica, seis dos 13 vereadores de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas Gerais, foram afastados dos cargos nessa terça-feira (7).

O Ministério Público Estadual, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu 21 mandados de busca e apreensão: sete na Câmara, nos gabinetes e departamento pessoal do Legislativo, seis nas casas de vereadores investigados e oito nas residências dos assessores.

“Na casa do presidente da Câmara, Osmar Santos (PROS), ele ainda tentou se livrar de R$ 3.000 em dinheiro, jogando pela janela, mas os policiais o pegaram em flagrante”, explicou Ângelo Ansanelli Júnior, um dos promotores responsáveis pela investigação.

Além de Santos, estão envolvidos o vice-presidente da Casa, Valdir Rodrigues de Souza (PCdoB), o Valdir das Festas, e os vereadores Juliano Marques de Lacerda (PSD), o Juliano da Boa Vista; Gilmar da Silva Martins (PV), o Gilmar da Farmácia; Valdir Rodrigues Pereira (PCdoB), o Valdir Mecânico; e Adair Lopes de Souza (Avante), o Adair da Impacto.

A operação teve como objetivo combater a existência de funcionários-fantasma da Câmara. Com base em uma denúncia anônima, a investigação começou em abril de 2018 e apurou fraudes em pelo menos oito nomeações de assessores ou auxiliares, com salários entre R$ 1.600 e R$ 2.800 por mês. Alguns deles nem sequer residiam na cidade, conforme apontou Ministério Público.

“Ficou comprovado que um deles devolvia os cerca de R$ 1.600 integralmente ao vereador. Esse auxiliar mora em Pará de Minas – cidade vizinha – e tem uma empresa de lanternagem de moto. Nem a Nova Serrana ele ia”, afirmou o promotor.

As investigações apontam que, durante as eleições municipais, essas pessoas trabalharam sem remuneração, e, agora, estavam sendo “apadrinhadas” pelos parlamentares. Para que fossem admitidos, o promotor explicou que pelo menos duas leis foram alteradas.

“Durante a investigação eles elaboraram, às pressas, uma lei que dizia não ser obrigatório que funcionários comparecessem à Câmara. Além disso, criaram outra lei para diminuir o grau de escolaridade exigido para contratação. E eles ainda assinavam o ponto de maneira retroativa”, afirmou Ansanelli.

Procurados pela reportagem, nenhum dos vereadores investigados atendeu as ligações. Por meio de nota, o Legislativo informou que “a ação envolve especificamente o gabinete de seis vereadores”. “Os detalhes serão informados após o setor jurídico da instituição ter acesso a toda a documentação referente ao processo, tendo em vista que a Casa não se viu intimada”, finaliza a nota.
Vereadores afastados dos cargos em Nova Serrana. Além do presidente da Casa, Osmar Santos (Pros), são investigados, Valdir Rodrigues de Souza (PCdoB), o Valdir das Festas, e os vereadores Juliano Marques de Lacerda (PSD), o Juliano da Boa Vista; Gilmar da Silva Martins (PV), o Gilmar da Farmácia; Valdir Rodrigues Pereira (PCdoB), o Valdir Mecânico; e Adair Lopes de Souza (Avante), o Adair da ImpactoVereadores afastados dos cargos em Nova Serrana. Além do presidente da Casa, Osmar Santos (Pros), são investigados, Valdir Rodrigues de Souza (PCdoB), o Valdir das Festas, e os vereadores Juliano Marques de Lacerda (PSD), o Juliano da Boa Vista; Gilmar da Silva Martins (PV), o Gilmar da Farmácia; Valdir Rodrigues Pereira (PCdoB), o Valdir Mecânico; e Adair Lopes de Souza (Avante), o Adair da Impacto

Mais crimes estão sob análise

Além dos crimes de peculato e falsidade ideológica, os seis vereadores podem ser enquadrados em outros tipos de contravenções. Gilmar da Farmácia e outros dois assessores, por exemplo, podem ser enquadrados no crime de associação criminosa, afirmou o promotor Ângelo Ansanelli Júnior.

Durante as buscas, foram encontrados documentos que indicam práticas ilícitas quanto à marcação de consultas médicas e pagamentos de impostos como IPTU e IPVA.

“Não sabemos ainda como funcionava. Mas é um esquema de agendamentos para realização de cirurgias e tratamentos de saúde, coisas que não são de competência da Câmara Municipal. Também encontramos fichários com muitos pedidos que pareciam ser para o pagamento de IPVA e IPTU. Havia uma espécie de formulário criado que constava até o título de eleitor da pessoa. Então, vamos apurar isso ainda”, completou Ansanelli. (Com informações do MPMG )
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Gildázio Garcia Vitor

08 de maio, 2019 | 17:02

“Então Ipatinga está ganhando, por enquanto, de 7 x 6. Mas vamos, com a ajuda do Gaeco, aumentar esse escore.”

Envie seu Comentário