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06 de maio, de 2019 | 15:50

Segue o líder!

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
A torcida do Galo está no auge da sua bipolaridade, fato comum no futebol, entre a surpresa e a euforia, desconfiada com a surpreendente campanha do time até aqui, com a liderança isolada no Brasileirão após as três primeiras rodadas. A terceira vitória consecutiva obtida contra o Ceará, em Fortaleza, foi bem ao estilo dramático que os atleticanos cultuam e tanto gostam, porque o gol da vitória, de virada, 2 x 1, saiu nos acréscimos do 2º tempo.

Num ponto todos concordam: sob o comando do técnico interino, Rodrigo Santana, o time tem mostrado uma boa organização tática defensiva, e do meio pra frente predomina o velho e tradicional “Galo Doido”, onde a técnica fica em segundo plano e prevalece a garra, a vontade dos jogadores.
E se não tem tu, vai tu mesmo! Segue o interino Rodrigo Santana no comando, pelo menos até a parada da Copa América na 9ª rodada, daqui a uns 30 dias, pois em time que está ganhando não se mexe.

No limite
Todos sabem que o estilo de jogo dos times comandados pelo técnico Mano Menezes, o tal ‘Manobol’, é este mesmo, conservador, pragmático, mas de resultados, que levaram o Cruzeiro a conquistas importantes nos últimos anos, dois títulos seguidos na Copa do Brasil e dois campeonatos estaduais.

Com um elenco bem mais forte que o do ano passado, o técnico tem feito um rodízio de peças, visando diminuir o desgaste físico de alguns atletas, o que acaba de certa forma comprometendo o coletivo.
Mesmo jogando em casa e contra adversários mais fracos tecnicamente, como o Ceará e Goiás, o Cruzeiro foi bastante exigido, mas o importante mesmo é que venceu e somou pontos importantes que lhe deram o 7º lugar na primeira página da tabela de classificação.

FIM DE PAPO
• Concluída a 3ª rodada do Brasileirão, o Galo é líder isolado com nove pontos ganhos, três jogos, três vitórias, um dos quatro invictos ao lado de Palmeiras, São Paulo e Santos. Outros quatro ainda não venceram: CSA, Grêmio (considerado candidato ao título), Avaí e Vasco da Gama, que segura a lanterna na última posição. Só agora, na terceira rodada, ocorreu o primeiro 0 a 0, além de mais três empates pelo placar de 1 a 1.

• Outro detalhe: apenas Galo e Fluminense venceram fora de casa. A terceira rodada registrou 24 gols, dois a menos que na segunda rodada e nove a menos que na primeira. A média de público foi 18.349 torcedores por jogo, menor do que nas duas primeiras rodadas, que atingiram 20.424 e 18.566, respectivamente.

Neste meio de semana o foco vai mudar para a Copa Libertadores. O Galo, com um time quase todo reserva e eliminado na fase de grupos, joga hoje à noite contra o Zamora, na Venezuela, em busca da vitória para garantir vaga na Copa Sul Americana. Amanhã o Cruzeiro recebe o Emelec, do Equador, no Mineirão, onde a vitória pode lhe valer o primeiro lugar geral da fase de grupos e a vantagem de decidir os mata-mata em casa até a fase semifinal.

• Devido ao impasse entre Atlético-PR e Palmeiras com a TV Globo, os jogos dessas equipes contra clubes que já assinaram contrato com a emissora ficam sem transmissão da TV. Neste caso, o jogo de domingo, às 16h, no Mineirão, entre Galo e Palmeiras, que tem contrato com a Turner (TNT), não terá transmissão pela TV aberta ou fechada. Quem sai no lucro é o rádio, que volta a ser o único veículo a prestar o serviço de informação. Algumas emissoras de rádio que fazem as transmissões só por ‘off-tube’ (de dentro do estúdio) foram salvas pelo gongo, ou seja, vão fazer Internacional x Cruzeiro, que será no mesmo horário e terá transmissão da TV.

• Não considero o 5 x 4 do Fluminense sobre o Grêmio, no domingo à noite, o “melhor jogo” do Brasileirão até agora, como disseram alguns colegas da crônica esportiva. Mas que foi divertido de assistir... Ah! Isso foi. Difícil é tentar explicar em pouco espaço tudo o que aconteceu dentro de campo. Basta dizer que até os 38 minutos do primeiro tempo não havia horizonte para o tricolor carioca, que perdia por 3 a 0 e o time beirava a calamidade.

Mas quando menos se esperava fez dois gols e voltou endiabrado no segundo tempo, virando o placar para 4 x 3. Tomou o empate e, nos acréscimos, fez o quinto gol da vitória espetacular. Mesmo quem gosta do espetáculo, do futebol bem jogado, ficou surpreso com a obsessão dos dois times em balançar as redes. Nelson Rodrigues, que era torcedor fanático do Fluminense, tinha razão quando dizia que “a mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana”. (Fecha o pano!)
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