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02 de maio, de 2019 | 19:00

Estimativa de mil empregos em reforma na Usiminas

Reforma do alto-forno 3 da Usiminas deve custa cerca de R$ 1 bilhão, afirma presidente

Wôlmer Ezequiel
Sergio Leite destacou que a reforma do alto-forno 3 deve gerar mais de mil empregos temporários Sergio Leite destacou que a reforma do alto-forno 3 deve gerar mais de mil empregos temporários

Os resultados do primeiro trimestre desse ano foram detalhados pelo presidente da Usiminas, Sergio Leite, em entrevista à imprensa na tarde desta quinta-feira (2), no Escritório Central da Usiminas, em Ipatinga. Na oportunidade, o executivo também falou acerca da proposta de reforma do alto-forno 3, construção do gasômetro, impactos no mercado com a tragédia de Brumadinho e expectativas de crescimento para esse ano.

Conforme já divulgado, a Usiminas encerrou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 76,3 milhões. No período, o Ebitda Ajustado consolidado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 487,5 milhões. Para o presidente da Usiminas, esse resultado foi satisfatório, considerando a situação da economia brasileira, que não apresentou crescimento aguardado. “Nós fechamos com Ebtida total próximo a R$ 500 milhões e agora é trabalhar nos próximos trimestres para melhoria dos resultados, confiantes de que a economia brasileira volte a crescer nos patamares que precisa, que é superior a 3% no âmbito anual”, afirmou.

Reforma no alto-forno 3

Na entrevista, Sergio Leite também informou que em 2021 deverá ser realizada uma reforma do alto-forno 3 da Usiminas e que haverá contratações de trabalhadores temporários para esse serviço. “Nessa reforma, há previsão de que ocorra uma parada do funcionamento do alto-forno 3 em 2021, quando atingirá mais de 21 anos de operação de um equipamento. Essa parada para a reforma deve durar cerca de 110 dias e esse é um projeto que tem custo previsto em torno de R$ 1 bilhão. Além disso, nós vamos gerar mais de mil empregos temporários para esse serviço, mas não ocorrerá a contratação de empregos fixos para a reforma”, informou o presidente.

Sergio Leite ainda acrescentou que os clientes da Usiminas não serão prejudicados com essa parada do alto-forno 3. “Para garantir o abastecimento dos nossos clientes, nós vamos estocar placas suficientes para esse período de parada do alto-forno 3, de forma que seja possível produzir laminados e entregar aos nossos clientes, assim como nós já fizemos várias vezes na história da Usiminas”.

Construção do Gasômetro

Em relação à construção de um novo gasômetro da Usiminas, Sergio Leite informou que há um projeto quase pronto e que, após a sua aprovação, as obras deverão ser iniciadas. “Nós já estamos com um projeto praticamente pronto da construção do novo gasômetro e essa construção é coberta pelo seguro da Usiminas. E a próxima etapa agora é levar esse projeto para aprovação do Conselho de Administração, que nós esperamos que ocorra nos próximos três meses. Nós ainda não temos o valor da construção do gasômetro totalmente fechado. Dentro dos próximos meses teremos esse número e quando tivermos, vamos divulgar”, ressaltou.

Essa construção é necessária porque, em agosto do ano passado, um gasômetro da Usiminas explodiu, após uma falha técnica, que causou entrada de ar no equipamento. Nessa explosão não houve registro de mortes, mas cerca de 30 funcionários tiveram ferimentos leves.

Brumadinho

Questionado se o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em janeiro desse ano, e se as medidas tomadas após essa tragédia causaram impactos na produção da Usiminas, Sergio Leite afirmou que houve um aumento no preço do minério, mas assegurou que a empresa não foi prejudicada. “A tragédia em Brumadinho foi um momento muito triste para nossa história. Teve um impacto social muito grande. Uma tragédia ambiental. No caso específico da Usiminas, o nosso abastecimento de minério é feito por meio de 50% de produção própria da mineração da Usiminas e a outra metade nós compramos de várias mineradoras. Então nós não tivemos impacto no abastecimento da Usina de Ipatinga, que está garantido para esse ano”, citou.

Confiança

O presidente da Usiminas também afirmou na entrevista que ter confiança em relação aos trabalhos do atual governo do país e acredita que a retomada do crescimento econômico no Brasil deve ocorrer nos próximos anos. “Temos observado isso em diversos momentos, por meio de contatos com os ministros e com o presidente Jair Bolsonaro, que estão trabalhando para o crescimento do país. E após a reforma da previdência, nós vamos ter uma nova fase de crescimento econômico. Temos que trabalhar para que, daqui um ou dois anos, consigamos chegar a patamares superiores a 5% de crescimento de PIB”, concluiu.

Repórter: Tiago Araújo

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Comentários

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P2

04 de maio, 2019 | 07:15

“EXPECTATIVA: geração de 1000 empregos
REALIDADE: 6 mil pessoas em uma fila de currículos que vai da portaria do CDP até mais ou menos a entrada do coelho Diniz

EXPECTATIVA: fichar 1000 pessoas que precisam
REALIDADE: Fichar somente quem tem costa quente e alguém influente lá dentro como parentes e amigos.”

José Carlos Oliveira

03 de maio, 2019 | 04:48

“Finalmente uma boa notícia. Essa cidade precisa reviver, porque foi derrubada por maus políticos que tomaram de assalto os poderes. Desde 2008 só crise administrativa. Chega.”

Daniel Coelho

03 de maio, 2019 | 03:09

“E a usina de Cubatão abandonada e a Usiminas querendo transformar em pátio de contêiner falta de respeito com a COSIPA compraram para acabar com a concorrência o melhor aço e aqui.”

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