CADERNO IPATINGA 2024

02 de maio, de 2019 | 18:00

ALMG aprova projeto de reforma administrativa do estado

Entre as emendas rejeitadas está a proposta de manter secretarias de Estado específicas para as áreas de Cultura e Turismo; As duas pastas são unidas pela reforma administrativa

Guilherme Dardanhan
Votação foi realizada após secretário de Governo assumir compromisso de recompor vagas de ensino em tempo integralVotação foi realizada após secretário de Governo assumir compromisso de recompor vagas de ensino em tempo integral

Foi aprovado pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na terça-feira (30), o Projeto de Lei (PL) 367/19 do governador do estado, Romeu Zema, que trata dos principais pontos da reforma administrativa do estado. A proposição foi aprovada pela unanimidade dos 66 parlamentares presentes, na forma do substitutivo nº 3, apresentado pelo relator designado em Plenário, deputado João Magalhães (MDB).

A elaboração de um novo parecer ao PL 367/19 teve o objetivo de analisar as 98 emendas apresentadas após a redação do substitutivo nº 2, apresentado pelo próprio João Magalhães. Entre essas novas emendas estão 38 de autoria do próprio governador. De acordo com o relator, deixaram de ser acatadas emendas que criavam nova estrutura ou despesa para o estado, algo que compete exclusivamente ao Poder Executivo.

Entre as alterações promovidas pelo substitutivo nº 3 estão, segundo o relator, a inclusão de uma Assessoria Audiovisual na Secretaria de Estado de Cultura e Turismo; a transferência da Fundação Caio Martins (Fucam) da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) para a Secretaria de Estado de Educação; e a modificação de sete para oito do número de secretários adjuntos.

Esse aumento do número de secretários adjuntos foi proposto em emenda do Executivo, que atribui um desses cargos à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). O projeto original determinava que apenas manteriam esse cargo as secretarias de Saúde, de Fazenda, de Educação, de Justiça e Segurança Prisional, de Governo, de Desenvolvimento Econômico e de Cultura e Turismo.

Entre as emendas rejeitadas está a proposta de manter secretarias de Estado específicas para as áreas de Cultura e Turismo. As duas pastas são unidas pela reforma administrativa.

Governo propõe recompor vagas de ensino integral

Os entendimentos que levaram à elaboração do substitutivo nº 3 se estenderam durante toda a tarde e início da noite. As reuniões plenárias foram interrompidas diversas vezes, inclusive para comunicação de um acordo e compromisso do Poder Executivo com relação à escola de tempo integral, uma das polêmicas que vinham travando a votação da reforma.

A decisão do governo de reduzir o ensino em tempo integral para 30 mil alunos, em vez dos atuais 111 mil, não faz parte da reforma administrativa, mas foi criticada até mesmo por deputados da base de governo. Durante a Reunião Ordinária desta terça, o presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus (PV), leu ofício do Secretário de Estado de Governo, Custódio Mattos, assumindo o compromisso de recompor, até 2020, as vagas cortadas este ano.

De acordo com a proposta, o governo manterá a redução imediata para 30 mil vagas. Em agosto de 2019, acrescentará outras 25 mil e, em 2020, mais 55 mil, totalizando 110 mil vagas de ensino em tempo integral, quase o mesmo número que existe hoje. Em entrevista, o líder do Governo na ALMG, deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), disse que o Poder Executivo espera, em contrapartida, que os deputados destinem emendas ao programa de escola integral.

Ipsemg

Durante a votação, três emendas foram destacadas para serem apreciadas separadamente e foram todas aprovadas. Uma delas, de autoria da deputada Beatriz Cerqueira (PT), garante autonomia financeira e orçamentária para o Ipsemg, eliminando a vinculação à Secretaria de Estado da Fazenda, proposta pelo texto do governo.

Outra emenda destacada, de autoria do deputado Sávio Souza Cruz (MDB), fixa um percentual de cargos de comissão que deverão ser ocupados por servidores efetivos. Esse percentual varia de 50 a 70%, dependendo da área de governo.
A terceira emenda destacada, de autoria do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), veda o acúmulo de remuneração com a parcela indenizatória pelo exercício de função de conselheiro em empresa pública ou privada.

Desde o início da tramitação, foram apresentadas 367 emendas ao projeto, embora apenas 295 tenham sido recebidas de fato, uma vez que as demais não cumpriram requisitos formais ou foram retiradas.

Entre as emendas do governo acatadas pelo relator, está a que estabelece a competência e a estrutura da Escola Pública de Saúde (ESA). Inicialmente, o governo pretendia incorporar a ESA à estrutura da Secretaria de Estado de Saúde, por meio do PL 368/19, mas recuou após resistência da ALMG. (Com informações da ALMG)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário