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02 de maio, de 2019 | 06:04

CPI da Barragem de Brumadinho vai ouvir engenheiros nessa quinta-feira

Os dois profissionais são os responsáveis pelo laudo de estabilidade da barragem de rejeitos da mineradora Vale, que se rompeu em Brumadinho

Reprodução de vídeo
Momento do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho Momento do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, vai ouvir, nesta quinta-feira (2), os engenheiros Makoto Namba e André Jum Yassuda, da Tüv Süd Brasil, empresa contratada pela mineradora Vale para fazer auditorias nas barragens, incluindo a da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu em 25 de janeiro deste ano. Até esta quarta-feira (1), a Defesa Civil do Estado contabiliza 233 mortos e 37 desaparecidos na tragédia.

Os dois profissionais são os responsáveis pelo laudo de estabilidade da barragem de rejeitos que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo da CPI é apurar as causas do rompimento da estrutura naquele município da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Quatro dias após o desastre, a juíza Perla Saliba Brito determinou a prisão de Namba e Yassuda. Eles eram coordenador do projeto e consultor em geotecnia, respectivamente. Outros três funcionários da Vale responsáveis pela barragem foram detidos com a dupla. Na decisão, a magistrada justificou a detenção citando "delitos perpetrados na clandestinidade" e afirmando que "havia meios de se evitar a tragédia".

No dia 6 de fevereiro, a sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou o pedido de liberdade dos dois engenheiros da Tüv Süd e dos três funcionários da mineradora. Na ocasião, o advogado dos dois técnicos veio a público um dia antes descartando a possibilidade de um acordo de delação premiada por parte deles.

E-mais

No dia 6 de fevereiro, a Rede Globo divulgou que os dois especialistas demonstraram ter consciência dos perigos de rompimento da barragem em depoimento à Polícia Federal. Durante questionamento a Namba, o delegado da PF cita e-mails trocados entre funcionários da Vale, da TÜV SÜD e da Tec Wise, outra empresa contratada pela mineradora. As mensagens começaram em 23 de janeiro, às 14h38, e se prolongaram até as 15h5 do dia seguinte, um dia antes da barragem se romper.

A barragem se rompeu no horário de almoço, derramando cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos que atingiram a parte administrativa da empresa, uma pousada, comunidades próximas e o Rio Paraopeba.

André Yassuda e Makoto Namba foram chamados também para depor na CPI do Senado que apura o rompimento da barragem em Brumadinho. No dia 3 de abril, eles participaram de reunião dessa comissão, mas ficaram calados. Isso porque obtiveram no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da ministra Rosa Weber, um habeas corpus garantindo-lhe o direito ao silêncio naquela sessão. (com informações da ALMG)
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