01 de maio, de 2019 | 06:30

Andrade aceita um novo desafio, desde que não haja interferência externa e estrutura para trabalhar

Depois disso, peregrinou por diversos clubes do interior do Rio de Janeiro e do Nordeste, até 2017, quando decidiu "dar um tempo"na carreira

Wôlmer Ezequiel
Com a humildade que sempre o marcou, o multicampeão Andrade diz preferir suas convicções a ser influenciado por dirigentes na escalação das equipes que dirige  Com a humildade que sempre o marcou, o multicampeão Andrade diz preferir suas convicções a ser influenciado por dirigentes na escalação das equipes que dirige

Uma das atrações do jogo festivo no campo da Usipa no último domingo pela manhã (máster B da Usipa x Amigos do Luiz Alberto), o ex-volante do Flamengo Andrade concedeu entrevista ao Diário do Aço. Aos 62 anos e prestes de ser avô pela primeira vez, o melhor jogador da posição que o clube já teve (uma vez campeão da Libertadores e mundial, três vezes brasileiro e três vezes carioca, além de outro brasileiro pelo Vasco), virou treinador no próprio Flamengo, onde sagrou-se campeão brasileiro na função em 2009. Depois disso, peregrinou por diversos clubes do interior do Rio de Janeiro e do Nordeste, até 2017, quando decidiu "dar um tempo"na carreira.

Estrutura

"Estou fora do futebol como treinador há dois anos, decidi dar um tempo. Tempo para eu me manter atualizado e ficar mais próximo da família, pois a vida toda fiquei longe da esposa e dos filhos e agora achei que era o momento de ficar mais próximo deles. Sair do Rio de Janeiro somente por uma situação que valha mesmo a pena", afirmou Andrade.

Outra preocupação do treinador é encontrar a estrutura necessária no clube para iniciar e dar sequência ao trabalho. "O importante é trabalhar no clube que lhe dê a estrutura necessária e também o tempo ideal para se obter os resultados. Recebo diversos convites de equipes que estão quase caindo de divisão e recuso, pois não vale a pena. Serão poucos jogos, você teria que fazer quase um milagre e se o time cai, a responsabilidade vai nas suas costas. Eu tenho um nome a zelar, então melhor ficar na minha no Rio de Janeiro", pontua o ex-volante.

Interferência externa

Outra preocupação de Andrade é trabalhar num clube onde não haja interferência externa de dirigentes no seu trabalho, tentando impor a escalação de jogadores.

"Prefiro sempre seguir a minha cabeça. Hoje, infelizmente, no futebol brasileiro esta interferência virou uma prática comum. Quem aceita, está dentro, quem não aceita, está fora. Mantenho meu ponto de vista a respeito", afirma convicto o ex-volante , que formou com Adílio e Zico o maior trio de meiocampistas da história do Flamengo.

Sobre a carreira de jogador, Andrade guarda muitas saudades e boas lembranças, afirmando que foi iluminado por Deus por ter conseguido o sucesso e ter atuado num clube que lhe deu projeção mundial, com títulos e chegando inclusive à seleção brasileira. O futebol, atualmente, apenas os jogos festivos com o máster do Flamengo por todos os cantos do Brasil, isto quando entra em acordo com a família para ficar alguns dias ausentes de casa.


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Comentários

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Pedrin Perito

03 de maio, 2019 | 11:47

“Tá bom de ir treinar o Joanésia futebol clube(Beira Rio),quem sabe ! Técnico tem que ousar!”

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