17 de abril, de 2019 | 07:22
Petrobras anuncia plano para vender refinarias
Petroleira quer obter US$ 10 bilhões com venda de refinarias a partir de junho, dizem fontes
Divulgação
Refinarias que serão colocadas à venda refinarias ficam nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste e juntas, as 13 unidades tinham capacidade de refinar 2,2 milhões de barris por dia em 2018
Refinarias que serão colocadas à venda refinarias ficam nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste e juntas, as 13 unidades tinham capacidade de refinar 2,2 milhões de barris por dia em 2018
A Petrobras pretende obter cerca de US$ 10 bilhões com a venda de refinarias à medida que avança com a simplificação de seus negócios para focar na produção de petróleo, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
As refinarias ficam nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Juntas, as 13 refinarias da Petrobras tinham capacidade de refinar 2,2 milhões de barris por dia em 2018. Ou seja, o objetivo da empresa é vender a capacidade de refino de 1,1 milhão de barris por dia. O modelo de privatização deve ser enviado ao Conselho Administrativo de Defesa e Econômica (Cade) ainda neste mês.
A estatal manteve o Citigroup como assessor no esforço de desinvestimento, que pode incluir vários compradores, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões são privadas.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse em 11 de março que pretendia vender pelo menos metade da capacidade de refino da empresa e que o plano seria anunciado em três meses, o que está sendo confirmado agora.
Nem a Petrobras, nem o Citigroup quiseram comentar o valor dos possíveis negócios. Os números citados são estimativas de fontes do mercado.
A estratégia representa uma tentativa de distanciamento dos anos de controle estatal sobre o refino no Brasil, com a Petrobras detendo 98% da capacidade de processamento de petróleo do país, mesmo depois de seu monopólio formal ter terminado há duas décadas. Castello Branco argumenta que tanto a empresa quanto o país se beneficiariam da concorrência no setor.
O executivo, que foi escolhido para administrar a gigante do petróleo depois que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo em janeiro, defende uma abordagem mais agressiva de venda de ativos, com a Petrobras deixando de ter qualquer participação nas refinarias.
A equipe da gestão anterior pretendia vender participações em refinarias nas regiões Sul e Nordeste do país, mantendo unidades no mercado mais lucrativo do Sudeste, que inclui as áreas metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo. Não há mais restrições para vender qualquer uma das refinarias, disse Castello Branco.
A Cosan, usina de açúcar e combustíveis controlada pelo magnata brasileiro Rubens Ometto, vai olhar os ativos de refino da Petrobras quando forem colocados à venda, mas tem pouco interesse no momento, disse o CEO Marcos Lutz na terça-feira.
A Petrobras também está vendendo uma rede de gasoduto que deve atingir entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões, segundo pessoas diretamente envolvidas no processo. Até agora, o maior negócio da empresa foi um outro grupo de gasodutos vendido por US$ 5,2 bilhões. (Com agências)
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José Carlos Oliveira
17 de abril, 2019 | 07:50Vão vender até a alma, consumir os recursos arrecadados e não resolver nada para o povo brasileiro. Vai vendo. No Brasil criou-se uma histeria coletiva contra estatais, sem levar em conta questões econômicas e sociais. Vários países estão no caminho inverso ao das privatizações.”