16 de abril, de 2019 | 11:57
A arte de cantar e contar histórias
Bia Bedran ministrou oficinas em Ferros e São Domingos do Prata
As atividades de abril do Projeto Contos Locais já começam marcadas pelas oficinas da compositora, cantora, atriz e educadora musical Bia Bedran.Realizadas nas cidades de Ferros, para os educadores de Ferros e Santa Maria de Itabira, e na cidade de São Domingos do Prata, para professores daquele município, as oficinas buscaram capacitar educadores para orientar os alunos que irão a campo em busca das histórias das cidades contempladas com os Contos Locais, ensinando a eles sobre como garimpar os casos, ouvir e relatar as histórias.
Dentre os ensinamentos de Bia Bedran nas oficinas, a importância da escuta ganhou destaque. Para contar histórias é preciso saber ouvir. O dom de ouvir desperta o dom de narrar e escrever. Também é muito importante estudar bem a história que se vai contar, mesmo quando ela vai ser lida, explicou Bia.
A oficina com Bia Bedran envolveu mais de 300 pessoas, entre educadores e convidados. A secretária de Educação de Ferros, Betânia Lage da Silveira, define a experiência com a oficina como incrível. Os conhecimentos adquiridos na oficina serão levados para as salas de aula e vão ajudar muito os nossos alunos. Saímos transformados dessa oficina.
Maria do Perpétuo Socorro de Castro Freitas Pereira Lutfala, secretária de Educação de São Domingos do Prata, diz que a oficina foi uma grande aula.
A forma como a Bia conta as histórias nos faz entrar no mundo de cada um desses contos e vivenciar tudo que é narrado de forma muito prazerosa. Nossos professores já trabalham, há tempos, com as músicas e histórias da Bia, que, agora, irão ganhar formas diferentes de serem contadas.
Segundo observa Bia Bedran, a oficina, dentro do projeto Contos Locais, tem uma função especial, a de despertar nos educadores o gosto pela leitura, pela narração e aguçar o seu dom da escuta.
Todos precisam ouvir para contar, ouvir para tornar a pesquisa saborosa e frutífera. É necessário estar atento a tudo para que nenhuma história passe despercebida por quem vai em busca delas. Estar atento para que nada se perca de nós. Afinal, nós passaremos, mas as histórias, não.
O escritor Cristiano Lopes falou sobre as próximas etapas do projeto: Agora, os professores vão transmitir aos alunos o que aprenderam com a Bia, em oficinas que serão realizadas na próxima semana nas três cidades onde está acontecendo os Contos Locais 2019 Ferros, Santa Maria de Itabira e São Domingos do Prata.
Após a capacitação, os alunos irão a campo buscar as histórias que serão selecionadas, redigidas por mim e transformadas em livros. Creio que, até setembro, estaremos lançando as obras nos municípios contemplados com o projeto. Os livros serão distribuídos gratuitamente para as cidades que terão imortalizadas as suas histórias.
Wilson Liberato, presidente da Fundação Monique Leclercq, em São Domingos do Prata, avaliou:
A oficina combinou com o dia a dia da entidade, que se dedica também ao ensino das artes e da literatura. Gostamos de proporcionar às crianças a oportunidade de viajar por meio das histórias. A Bia veio nos motivar ainda mais a continuar fazendo mais e melhor o nosso trabalho.
Em São Domingos do Prata nós não temos crianças perambulando nas ruas, mas envolvidas com as artes e o esporte, as principais armas que temos para educar os meninos.
O Projeto Contos Locais está na terceira edição, é realizado pela MC Produção e tem patrocínio da Cenibra, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo Ministério da Cidadania.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]