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12 de abril, de 2019 | 15:00

BNCC promete implementar pesquisa científica para o ensino médio

Com o anúncio de corte, as bolsas CNPq só devem durar até setembro

Ananda - Escola e Centro de Estudos
Os alunos do Projeto C.I.E.N.CI.A têm liberdade para aprofundar conhecimentos nas áreas de seu interesseOs alunos do Projeto C.I.E.N.CI.A têm liberdade para aprofundar conhecimentos nas áreas de seu interesse

As bolsas CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) poderão estar com os dias e meses contados. Um novo corte se aproxima do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC. A previsão é que alunos e pesquisadores possam estudar com o auxílio somente até o mês de setembro.

Divulgada pelo governo federal, a notícia do corte de verbas para iniciação cientifica já vem sendo repercutida pelas principais entidades científicas do país. O CNPq fornece, aproximadamente, 80 mil bolsas, bancando 11 mil projetos. São oferecidas diversas modalidades de bolsas no país e também para o exterior para graduação com Iniciação Cientifica, Pós-Graduação com Mestrado, Doutorado.

Na contramão dos cortes, o governo federal pretende inserir no currículo do ensino médio, em 2021, a formação voltada para investigação cientifica e processos criativos. Ana Cruz, que é coordenadora do Centro de Investigações e Estudos Neofilosófico de Ciências Avançadas (Projeto C.I.E.N.CI.A), da Escola Ananda Escola e Centro de Estudos, acredita que a extinção das bolsas do CNPq vai ser uma grande perda para a educação do Brasil. "O essencial seria investir na iniciação científica desde cedo, para que as crianças começassem a ter acesso à ciência a partir da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental 1. No Ensino Médio, com um cabedal de informações e responsabilidades, a ciência já vai estar entrado tarde na vida dos alunos", avalia a pesquisadora e neuroeducadora.

Os alunos do Projeto C.I.E.N.CI.A têm liberdade para aprofundar conhecimentos nas áreas de seu interesse. Diante de tubos de ensaio, microscópio, animais mortos, empalhados, mapas e muitos experimentos, eles descobrem o prazer em aprender. "Cada aluno define seu objeto de estudo e pesquisa. E, de acordo com sua série, vai desenvolver o trabalho com método, testar hipóteses e chegar a brilhantes realizações", explica a coordenadora do projeto, Ana Cruz.

Essa metodologia que a educadora defende já é praticada há 18 anos na Escola Ananda, que funciona em Salvador (BA). Através do Projeto C.I.E.N.CI.A., a instituição desenvolve alfabetização científica em todas as etapas do ensino básico, com o projeto aberto para crianças a partir de cinco anos, momento em que principia o processo de construção da escrita.

Para Lair Torres, de 14 anos, o projeto é um canal de descobertas, onde ele pode desenvolver o que tem curiosidade e interesse em estudar. "Já realizei pesquisas sobre biologia marinha, conscientização ambiental, sobre os mares e a poluição que afeta, não só os animais, como também os seres humanos, no próprio meio em que vivem", conta o estudante do 1º ano do ensino médio, que iniciou no projeto aos 5 anos.

(Agência Educa Mais Brasil)
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