
05 de abril, de 2019 | 07:01
Mãe reclama da falta de professor de apoio na rede de ensino de Ipatinga
Conforme Vera, que procurou o Diário do Aço, sua filha precisa de cuidados especiais na escola para aprender na sala de aula
Alex Ferreira
A filha de Vera Lúcia foi matriculada na Escola Márcio Andrade Guerra, no bairro Veneza, mas aguarda desde então por um professor de apoio

Preocupada com o aprendizado de sua filha com necessidades especiais, a dona de casa Vera Lúcia Nunes Machado luta para conseguir um professor de apoio da rede municipal de ensino de Ipatinga. Conforme Vera, que procurou o Diário do Aço, sua filha precisa de cuidados especiais na escola para aprender na sala de aula, ou seja, ela depende de um professor de apoio para ensiná-la com uma maior dedicação. No entanto, até o momento não foi disponibilizado esse tipo de profissional.
Segundo a dona de casa, no início desse ano, sua filha, Lívia Antônio Nunes Machado, de 10 anos, foi matriculada na Escola Márcio Andrade Guerra, no bairro Veneza, mas aguarda desde então por um professor de apoio. "Até hoje não me chamaram. Já fui à prefeitura e à escola, mas um joga a responsabilidade para o outro. Apenas me falaram que eu preciso aguardar por um professor de apoio disponível. Essa situação está muito complicada", reclamou.
Vera Lúcia ainda destacou que essa demora para conseguir um professor de apoio na rede de ensino prejudica os estudos da sua filha. "Até hoje ela não começou a estudar por causa dessa falta de professor de apoio. Então minha filha já está muito atrasada em relação aos outros alunos da sua idade. Nos anos anteriores ela sempre teve professor de apoio, já nesse ano estou tendo esse problema", informou.
Desistência
Procurada pelo Diário do Aço, a administração de Ipatinga, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informou que algumas escolas da rede ainda não receberam Acompanhante para Educação Especial em função de parte dos profissionais convocados, tanto por aprovação em Concurso Público quanto por meio do Processo Seletivo, desistiram da função, desfalcando o quadro.
Ao todo, houve 25 desistências. "No total, foram chamados mais de 140 profissionais, dos quais 80 por meio de Concurso Público e 60 por meio de Processo Seletivo. A Secretaria esclarece que não há mais nomes para serem convocados, relativos ao último concurso".
Para sanar o problema, a administração destacou que em breve será publicado um novo Processo Seletivo visando à contratação dos profissionais para o trabalho de Acompanhante para Educação Especial. "A Prefeitura de Ipatinga pede que o candidato fique atento quanto às funções atribuídas ao cargo, para evitar desistências após aprovação. A Secretaria de Educação ainda acrescenta que nos últimos anos houve um aumento considerável, na rede municipal de ensino, de alunos que necessitam de acompanhante em sala de aula, ocasionando consequentemente a necessidade de contratação ainda maior de profissionais", concluiu.
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Conceição Ferreira Leite
06 de abril, 2019 | 17:06Boa tarde
Deve estar tendo algum mal entendido.
Trabalhei na referida escol a 2 anos consecutivos com a educação inclusiva e recebíamos alunos de outras instituições para se tem atendidos e todos foram acolhidos com o devido respeito e direito que mereciam. Esta escola e os profissionais que trabalham nela estão de parabéns quando o assunto em questão e a inclusão. O respeito e a dedicação dos professores desta escola e muito transparente e nunca presenciei nenhum tratamento diferenciado a qualquer aluno nesta escola. Escola Márcio Andrade Guerra veste a camisa da inclusão. Sinto muito orgulho de ter feito parte desta grande família.”
Gildázio Garcia Vitor
05 de abril, 2019 | 13:13Sou professor da rede desde 2014 e posso afirmar que esses problemas são pontuais. A questão da inclusão, tema da redação do último concurso para professor da PMI, não depende só do poder público, depende, também, do interesse dos profissionais, que, semelhantes aos professores, são pessimamente remunerados. Em um futuro muito próximo não teremos professores para lecionar para ninguém. Trabalhei na rede estadual por quase 33 anos e não existia professor de apoio.”
Wendi
05 de abril, 2019 | 10:19Infelizmente isso também esta acontecendo com meu irmão, e um direito dele , ja estamos em abril,quase no meio do ano . E me pergunto, como ficara o desenvolvimento dessas crianças? Totalmente fragmentados, o pior é pensar que precisamos e de muito mais do que ' monitoras ' nas escolas , precisamos de proposta curriculares que atendam e contribuem para o desenvolvimento integral das nossas crianças! Triste , indignada como a prefeitura vem tratando a Educação Especial .”
Alguém
05 de abril, 2019 | 09:52Isso quando a escola Márcio Andrade de guerra desfavorece umas crianças e favorece as que tem condições e filhos de professor, por exemplo um dia minha filha apanhou de duas meninas nessa escola e eu fui lá conversar com a diretora e a vice diretora elas negava disseram que as meninas era menor que a minha filha e etc e eu disse pode ser pequenas mais foi duas crianças contra minha filha, então eu alterei e a diretora disse pra mim pegar minha filha e colocar num Globo de vidro e guardar na estante da minha casa se eu não quero que nenhum aluno encoste na minha filha, e eu disse que ia procurar o conselho tutelar e a secretária de educação mais eles só me ouviram escreveram no caderno deles e não me ajudaram em nada até hoje estou indignada.”