23 de março, de 2019 | 16:00

Ato contra a Reforma da Previdência é realizado em Ipatinga e Belo Oriente

Trabalhadores participam de mobilização nacional contra mudanças propostas pelo Governo Federal que elevam idade mínima para aposentar e acabam com aposentadoria especial para professor e trabalhador rural

Divulgação
O ato foi um chamado à classe trabalhadora para reagir contra a proposta de reforma da Previdência O ato foi um chamado à classe trabalhadora para reagir contra a proposta de reforma da Previdência

Com concentração na Praça dos Três Poderes, onde começaram os debates públicos e intervenções artísticas, e uma caminhada até a praça Primeiro de Maio, com panfletagem, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública e contra o Fim da Aposentadoria ganhou as ruas do Centro de Ipatinga na sexta-feira (22).

O sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede de Ipatinga, integrou a mobilização, organizada pelo próprio Sind-UTE/MG em todo o Estado e por entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em nível estadual e regional, além de movimentos sociais.

O ato, com repercussão em todo o país, busca estabelecer um debate com a sociedade e conscientizar sobre os efeitos perniciosos da reforma da Previdência proposta pelo Governo Jair Bolsonaro, sobretudo sobre a classe trabalhadora e sobre os mais pobres.

A ideia, informam os organizadores, é conversar diretamente com a população, que demonstrou preocupação com os rumos da Previdência, principalmente, sobre quais as formas de mobilização para barrar a tramitação do projeto e impedir a retirada de direitos.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou que o ato deste dia 22 foi um chamado à classe trabalhadora para reagir contra a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro.

De acordo com a Regional Vale do Aço, a proposta é perversa e cruel, 'pois na prática impedirá muitas pessoas de se aposentarem e reduzirá a renda consideravelmente, pois a aposentadoria com proventos integrais dependerá de 40 anos de contribuição com carteira assinada, uma realidade distante de milhões de trabalhadores e trabalhadoras hoje no Brasil'.

A central avalia que, entre as principais perversidades da proposta estão a obrigatoriedade da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para mulheres, o aumento do tempo de contribuição de 15 para 20 anos e o fim das condições especiais para trabalhadores rurais e professores terem direito ao benefício.

Os manifestantes lembram que a PEC da reforma da Previdência ainda traz a possibilidade de ser implantado o regime de capitalização, em que o trabalhador contribui mensalmente, em uma conta individual, administrada por financeiras privadas.

Outros atos
No município de Belo Oriente também houve uma manifestação contra a Reforma da PrevidêciaNo município de Belo Oriente também houve uma manifestação contra a Reforma da Previdêcia

Além da mobilização no Centro de Ipatinga, pela manhã houve uma manifestação no Município de Belo Oriente, onde o Sind-UTE/MG também representa os trabalhadores em Educação da rede municipal de Ensino.

Já em Coronel Fabriciano, durante a manhã, foram plantadas cruzes no trevo, simbolicamente demonstrando o sofrimento que a reforma pode trazer ao povo brasileiro. No fim da tarde, foram os trabalhadores de Timóteo que se concentraram na praça do Coreto para demonstrarem sua indignação contra a proposta de reforma da previdência imposta pelo governo federal.

Ainda em Ipatinga, no início da noite, a Praça Valdomiro Serafim da Costa, no bairro Bom Jardim, foi palco de um bate-papo e panfletagem contra a Reforma da Previdência. O último encontro foi organizado pela Frente de Esquerda Democrática, e teve a participação do Sind-UTE/MG, subsede de Ipatinga.

Segundo os organizadores, a mobilização continuará, com atividades como rodas de conversa, aulas públicas em praças, ruas e escolas, para debater o assunto. Para o Sind-UTE/MG, a adesão da categoria foi significativa e a receptividade das pessoas demonstra que a população está se inteirando do assunto e se posicionando contrariamente.

“Além disso, o ato em Ipatinga foi muito representativo, com a participação dos movimentos populares, partidos políticos e movimento sindical”, avaliam os organizadores.


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Comentários

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Pedrin Perito

24 de março, 2019 | 19:17

“Meia duzia de pessoas..Decretada morte moral da cut e sindicatos? Reforma é necessária!! São tão olhando seus umbigos? E o futuro?”

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