23 de março, de 2019 | 15:01

Trabalhadores da limpeza são capacitados para combater caramujos

O objetivo do treinamento é orientar os profissionais acerca dos cuidados necessários com esses animais e sobre os perigos e doenças causadas por eles

Divulgação PMCF
Animal pode provocar doenças que são de difícil tratamento, alerta a saúde pública Animal pode provocar doenças que são de difícil tratamento, alerta a saúde pública

A Secretaria de Governança da Saúde de Coronel Fabriciano realizou uma capacitação para 29 trabalhadores da varrição da empresa Vina, visando o controle do caramujo gigante africano, Achantina fulica. O objetivo do treinamento é orientar os profissionais acerca dos cuidados necessários com esses animais e sobre os perigos e doenças causadas por eles.

Conforme a administração municipal, no treinamento os garis foram informados sobre a introdução clandestina do molusco terrestre na década de 1980, como alternativa ao escargot, comestível, e que acabou se tornando uma praga agrícola que devasta plantações, hortas, pomares e flores.

Além de ser uma praga agrícola, o caramujo é capaz de transmitir ao ser humano o Angiostrongylus, um verme nematóide causador de duas doenças. A Angiostrongyliase meningo encefálica é uma doença grave que atinge o sistema nervoso central, causando dor de cabeça severa, rigidez na nuca, formigamentos, febre, paralisias temporárias, distúrbios visuais e até cegueira. Por outro lado, a Angiostrongyliase abdominal provoca uma perfuração intestinal, causando sintomas semelhantes ao da apendicite, com febre, fraqueza muscular e dor abdominal intensa.

De acordo com o médico veterinário Sérgio Umberto da Silva, estas doenças são de difícil tratamento, por isso, ressaltou algumas medidas de prevenção. "Não ingerir caramujos em nenhuma hipótese; não comer alimentos crus contaminados com o muco liberado pelo molusco; desinfetar frutas e verduras com água sanitária por 30 minutos; manter limpos quintais; não utilizar as conchas como objetos e artesanato; e evitar a propagação do caramujo".

Ainda conforme a gestão municipal, durante a capacitação foi enfatizado que a medida mais eficaz de controle é a coleta manual dos caramujos com o uso de luvas, destruição com sal ou fogo e enterro das carcaças, evitando que sirvam de abrigo para larvas do mosquito da dengue. Depois de feito o processo, é fundamental lavar as mãos com água e sabão.

Os garis participaram ativamente da palestra, e ao final, receberam uma cartilha contendo orientações fundamentais para reforçar o aprendizado.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário